Nesta segunda-feira, 28 de janeiro, cumpri um compromisso com a maior satisfação. Convidado pelos profissionais da TV Educativa para falar sobre os antigos cinemas de Maceió, particularmente sobre o Cine Lux, desloquei-me até à Rua Santo Antônio, no bairro da Ponta Grossa.
Quando lá cheguei, a equipe já estava fazendo algumas tomadas da fachada do antigo cinema e solicitou-me a ajuda para ver se conseguíamos a autorização da Igreja Universal - proprietária do prédio - para captar imagens do seu interior.
Fomos até ao templo da fé e falamos com uma senhora que estava à porta. Ela nos disse que teria que consultar o pastor. Enquanto aguardávamos a resposta, do outro lado da rua, iniciamos a entrevista.
Não demorou muito e fomos interrompidos, de forma ríspida, por um cidadão que se identificou como pastor e determinou que parássemos a gravação da fachada da Igreja Universal, pois ele não havia autorizado.
Argumentamos que ele não podia exigir isso, pois estávamos em via pública e a fachada podia ser vista por qualquer um. O representante divino não considerou o nosso argumento e o da equipe e nos ameaçou: "se vocês continuarem, vão se arrepender".
Continuamos e não nos arrependemos. Valeu a pena mover, maometanicamente, aquela montanha de ignorância e desrespeito.
Sinceramente, tenho como determinação na minha vida professar o mais profundo respeito por todas as religiões, mas não posso entender o que acontece com uma igreja que teme ter a sua fachada filmada. Fica sempre a interrogação: o que se pretende esconder? Concordo que não se permita que fotografe o seu interior. Mas a fachada...
Que mistério envolve as altas paredes que outrora anunciaram "Dio, come ti amo" (Deus, como te amo) de Domenico Modugno, na interpretação de Gigliola Cinquette. Será que os espíritos do "Galego dos Gibis" ou do "Torreirinho" e seu cachorro-quente ainda perambulam por sua calçada incomodando os pastores. Pode ser que os eflúvios do já falecido Moacir Miranda - idealizador e construtor do cinema - ao chegar de um carteado em que quase perdeu o Lux, maculem a pureza da fé dos seus ocupantes de hoje.
Como fui morador do bairro por mais de 30 anos, fiquei triste com o fechamento do Cine Lux. Hoje, fiquei mais triste ainda por saber que o prédio que deu guarida a tantas fantasias, guarda somente a arrogância de um estúpido pastor. Espero que a postura dele não reflita a posição da sua igreja.
Quando lá cheguei, a equipe já estava fazendo algumas tomadas da fachada do antigo cinema e solicitou-me a ajuda para ver se conseguíamos a autorização da Igreja Universal - proprietária do prédio - para captar imagens do seu interior.
Fomos até ao templo da fé e falamos com uma senhora que estava à porta. Ela nos disse que teria que consultar o pastor. Enquanto aguardávamos a resposta, do outro lado da rua, iniciamos a entrevista.
Não demorou muito e fomos interrompidos, de forma ríspida, por um cidadão que se identificou como pastor e determinou que parássemos a gravação da fachada da Igreja Universal, pois ele não havia autorizado.
Argumentamos que ele não podia exigir isso, pois estávamos em via pública e a fachada podia ser vista por qualquer um. O representante divino não considerou o nosso argumento e o da equipe e nos ameaçou: "se vocês continuarem, vão se arrepender".
Continuamos e não nos arrependemos. Valeu a pena mover, maometanicamente, aquela montanha de ignorância e desrespeito.
Sinceramente, tenho como determinação na minha vida professar o mais profundo respeito por todas as religiões, mas não posso entender o que acontece com uma igreja que teme ter a sua fachada filmada. Fica sempre a interrogação: o que se pretende esconder? Concordo que não se permita que fotografe o seu interior. Mas a fachada...
Que mistério envolve as altas paredes que outrora anunciaram "Dio, come ti amo" (Deus, como te amo) de Domenico Modugno, na interpretação de Gigliola Cinquette. Será que os espíritos do "Galego dos Gibis" ou do "Torreirinho" e seu cachorro-quente ainda perambulam por sua calçada incomodando os pastores. Pode ser que os eflúvios do já falecido Moacir Miranda - idealizador e construtor do cinema - ao chegar de um carteado em que quase perdeu o Lux, maculem a pureza da fé dos seus ocupantes de hoje.
Como fui morador do bairro por mais de 30 anos, fiquei triste com o fechamento do Cine Lux. Hoje, fiquei mais triste ainda por saber que o prédio que deu guarida a tantas fantasias, guarda somente a arrogância de um estúpido pastor. Espero que a postura dele não reflita a posição da sua igreja.