segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O cine Lux e um estúpido pastor universal

Nesta segunda-feira, 28 de janeiro, cumpri um compromisso com a maior satisfação. Convidado pelos profissionais da TV Educativa para falar sobre os antigos cinemas de Maceió, particularmente sobre o Cine Lux, desloquei-me até à Rua Santo Antônio, no bairro da Ponta Grossa. 


Quando lá cheguei, a equipe já estava fazendo algumas tomadas da fachada do antigo cinema e solicitou-me a ajuda para ver se conseguíamos a autorização da Igreja Universal - proprietária do prédio - para captar imagens do seu interior. 


Fomos até ao templo da fé e falamos com uma senhora que estava à porta. Ela nos disse que teria que consultar o pastor. Enquanto aguardávamos a resposta, do outro lado da rua, iniciamos a entrevista. 


Não demorou muito e fomos interrompidos, de forma ríspida, por um cidadão que se identificou como pastor e determinou que parássemos a gravação da fachada da Igreja Universal, pois ele não havia autorizado. 


Argumentamos que ele não podia exigir isso, pois estávamos em via pública e a fachada podia ser vista por qualquer um. O representante divino não considerou o nosso argumento e o da equipe e nos ameaçou: "se vocês continuarem, vão se arrepender". 


Continuamos e não nos arrependemos. Valeu a pena mover, maometanicamente, aquela montanha de ignorância e desrespeito.

Sinceramente, tenho como determinação na minha vida professar o mais profundo respeito por todas as religiões, mas não posso entender o que acontece com uma igreja que teme ter a sua fachada filmada. 
Fica sempre a interrogação: o que se pretende esconder? Concordo que não se permita que fotografe o seu interior. Mas a fachada... 


Que mistério envolve as altas paredes que outrora anunciaram "Dio, come ti amo" (Deus, como te amo) de Domenico Modugno, na interpretação de Gigliola Cinquette. Será que os espíritos do "Galego dos Gibis" ou do "Torreirinho" e seu cachorro-quente ainda perambulam por sua calçada incomodando os pastores. Pode ser que os eflúvios do já falecido Moacir Miranda - idealizador e construtor do cinema - ao chegar de um carteado em que quase perdeu o Lux, maculem a pureza da fé dos seus ocupantes de hoje.


Como fui morador do bairro por mais de 30 anos, fiquei triste com o fechamento do Cine Lux. Hoje, fiquei mais triste ainda por saber que o prédio que deu guarida a tantas fantasias, guarda somente a arrogância de um estúpido pastor. Espero que a postura dele não reflita a posição da sua igreja.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Ex-agente uruguaio revela: CIA e Geisel mataram João Goulart envenenado

Goulart foi morto a pedido do Brasil, diz ex-agente uruguaio
Jango morreu envenenado, afirma Mario Neira Barreiro

Sérgio Fleury teria dado a ordem para o assassinato

Presidente deposto teria dito aos agentes que sabia da espionagem: "Sei que estão me vigiando, mas não sou inimigo de vocês"

SIMONE IGLESIAS DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Preso desde 2003 na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (RS), o ex-agente do serviço de inteligência do governo uruguaio Mario Neira Barreiro, 54, disse em entrevista exclusiva à Folha que espionou durante quatro anos o presidente João Goulart (1918-1976), o Jango, e que ele foi morto por envenenamento a pedido do governo brasileiro. Jango morreu em 6 de dezembro de 1976, na Argentina, oficialmente de ataque cardíaco. Ele governou o Brasil de 1961 até ser deposto por um golpe militar em 31 de março de 1964, quando foi para o exílio. À Folha Barreiro deu detalhes da operação da qual participou e que teria causado a morte de Jango. Segundo o ex-agente, Jango não morreu de ataque cardíaco, mas envenenado, após ter sido vigiado 24 horas por dia de 1973 a 1976. Barreiro disse que Sérgio Paranhos Fleury (que morreu em 1979), à época delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) de São Paulo, era a ligação entre a inteligência uruguaia e o governo brasileiro. A ordem para que Jango fosse morto partiu de Fleury, em reunião no Uruguai com dois comandantes que chefiavam a "equipe Centauro" - grupo integrado por Barreiro que monitorava Jango. O Uruguai mantinha uma outra equipe de vigilância, a Antares, para monitorar Leonel Brizola. As escutas, feitas e transcritas por Barreiro, teriam servido de motivo para matar Jango. Mas, segundo o ex-agente (que tinha o codinome de tenente Tamúz), o conteúdo das conversas não era grave: tratavam da vontade de Jango de voltar ao Brasil, de críticas ao regime militar e de assuntos domésticos. Barreiro afirmou que interpretações "erradas e exageradas" do governo brasileiro levaram ao assassinato. Segundo o uruguaio, a autorização para que isso ocorresse partiu do então presidente Ernesto Geisel (1908-1996) e foi transmitida a Fleury, que acertou com o serviço de inteligência do Uruguai os detalhes da operação, chamada Escorpião - que teria sido acompanhada e financiada pela CIA (agência de inteligência americana). O plano consistia em pôr comprimidos envenenados nos frascos dos medicamentos que Jango tomava para o coração: o efeito seria semelhante a um ataque cardíaco. As cápsulas envenenadas eram misturadas aos remédios no Hotel Liberty, em Buenos Aires, onde morava a família de Jango, na fazenda de Maldonado e no porta-luvas de seu carro. Barreiro não exibiu provas e disse que o caso era discutido pessoalmente.


FOLHA - Qual era o interesse do Uruguai em vigiar Jango?
MARIO NEIRA BARREIRO - Após o golpe no Brasil, o serviço de inteligência do governo do Uruguai se viu obrigado a cooperar porque era totalmente dependente do Brasil. Goulart, para nós, era uma pessoa que não tinha nenhuma importância.
FOLHA - Quando passou a vigiá-lo?
BARREIRO - Eu o monitorei de meados de 1973 até sua morte, em 6 de dezembro de 1976. Monitorei tudo o que falava através do telefone, de escuta ambiental e em lugares públicos.
FOLHA - O sr. colocou microfones na casa? Como ouvia as conversas?
BARREIRO - Estive na fazenda de Maldonado para colocar uma estação repetidora que captava sinais dos microfones de dentro da casa e retransmitia para nós. Esta estação repetidora foi colocada numa caixa de força que havia na fazenda. Aproveitamos essa fonte de energia para alimentar os aparelhos eletrônicos e para ampliar as escutas. Isso possibilitava que ouvíssemos as conversas a 10, 12 km de distância. Ficávamos no hipódromo de Maldonado ouvindo o que Jango falava.
FOLHA - Alguma vez falou com ele?
BARREIRO - Sim. Eu e um colega estávamos vigiando a fazenda, fingindo que um pneu da camionete estava furado. Ele nos viu e veio até nós caminhando e fumando. Perguntou se precisávamos de ajuda. Estava frio e ele nos convidou para tomar um café. Eu pensei: "Ou ele é muito burro ou muito bom". Ele me convidou para entrar na fazenda. Meu colega não quis ir.Depois que fiz um lanche e tomei o café, eu disse: "Desculpa, senhor, qual é o seu nome?". Ele me olhou e disse: "Mas como, rapaz, tu não sabes quem sou eu? Tu estás me vigiando. Acha que sou bobo? Fui presidente do Brasil porque sou burro? Estou te convidando para minha fazenda porque não tenho nada a esconder. Sei que estão me vigiando, mas não sou inimigo de vocês". Eu disse que ele estava enganado, me fiz de bobo, mas ele era inteligente.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Prévias carnavalescas de Maceió: porta de entrada para o carnaval do Nordeste

Com o fim do Banho de Mar à Fantasia, se não me falha a memória, em meados dos anos 70, encerra-se um ciclo das prévias carnavalescas de Maceió. Já, naquela época, a prévia era o maior evento do período carnavalesco. Nos anos 80, os carnavais de clubes e de rua, praticamente já não existiam. Sobreviveram alguns blocos tradicionais e as escolas de samba. Fortaleceu-se a tendência de se viajar para as cidades litorâneas de Alagoas ou para as capitais nordestinas que tinha um carnaval mais forte (Salvador, Recife e Olinda). Em meados dos anos 80, surgem As Pecinhas e o Bloco Meninos da Albânia, inaugurando novas prévias em Maceió. Meninos da Albânia desfilava no domingo anterior ao carnaval e na meia-noite da sexta para o sábado de Zé Pereira. Desde então inúmeros blocos foram formados. Mas, qual era a novidade dessa experiência? Era a classe média nas ruas.
Com as raras exceções dos “corsos” - quando os foliões dos clubes desfilavam em carros abertos no início da noite pelas ruas centrais de Maceió -, o frevo das "Maratonas" e o Banho de Mar à Fantasia eram espaços dos mais humildes. Foi a experiência do carnaval baiano, com cordas, trios e abadás, que trouxe a classe média para a rua. Alerto que os baianos, por essa época, ainda tocavam o frevo à sua maneira, com guitarras.
São estas prévias, que hoje adquiriram uma dimensão gigantesca, que cumprem um papel importante no fortalecimento do carnaval de rua. No Jaraguá Folia estão cadastrados 78 blocos e uma multidão acompanha os desfiles nas noites de sexta-feira e sábado anteriores ao carnaval. Na Pajuçara desfilam, durante o sábado, o Pinto, a Turma da Rolinha e as Pecinhas. Ainda em Jaraguá se apresentam os Bois na noite de sábado. Como se vê, temos uma das mais importantes prévias carnavalescas do Brasil e, no entanto, não vendemos isso como um atrativo da cidade. Há 5 anos atrás iniciamos uma campanha para transformar o pré-carnaval de Maceió na porta de entrada para o carnaval nordestino e não conseguimos avançar muito. Esse ano a prefeitura da capital, através da Seturma, lançou cartazes propagando essa idéia. Uma boa iniciativa, mas insuficiente. Salvador percebeu o espaço vago e já trabalha um imenso "Festival de Verão". Nós não conseguimos disputar com as festas juninas da Paraíba, Aracajú e Recife. Perdemos também para o carnaval de Salvador, Recife e Olinda. Agora estamos prestes a perder o título, que poderia ser construído, de termos uma das maiores prévias do Brasil. Mas.... Vamos ao frevo!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O carnaval e o Boi


É comum, nesse período carnavalesco, ouvirmos vários discursos sobre o carnaval e seus ritmos. 


Muitos deitam falações sobre a necessidade de preservar ou resgatar tradições e histórias.


Quando ouço as palavras preservar e resgatar associadas a manifestações artísticas e culturais, sinto que alguma coisa precisa ser melhor entendida, antes que alguma peça de gesso imobilize o que é puro movimento. 

Poucos sabem, que os ritmos que originaram o frevo foram os dobrados, marchas e polcas (de origem européia), executados por agrupamentos musicais militares em Recife, e o “passo” é oriundo dos golpes dos capoeiristas que acompanhavam essas bandas.

Felizmente, naquela época, ninguém quis “preservar” ou “resgatar” os dobrados militares originais e tradicionais e, muito menos, os “rabos de arraia” dos capoeiras. Se houve algum movimento contra, foi, obviamente, derrotado. 

O frevo é exatamente o resultado da mistura de ritmos e dos movimentos das lutas e das danças dos pernambucanos; e foi, ao lado das marchas, o ritmo que mais influenciou os carnavais em Alagoas.

O que precisa ser mantido e incentivado é o carnaval de rua, com muita alegria, independente de discursos preconceituosos contra o Frevo pernambucano, o Samba carioca ou o Axé baiano. Aliás, se estamos procurando algo que eleve a nossa auto-estima, é hora de termos o autêntico Boi Alagoano puxando blocos.

sábado, 19 de janeiro de 2008

A Banda Podre

Já houve uma época em que o candidato, ao comprar o voto do eleitor, dava um dos pés do sapato e aguardava o resultado da eleição para dar o outro. Hoje, com o desenvolvimento tecnológico, usa-se o celular para fotografar ou filmar o ato do voto e, assim, confirmar que o eleitor não "traiu" o compromisso, normalmente assumido após o convencimento "ideológico" promovido por uma nota de 50 reais. Mecanismos de controle a parte, é preciso definir claramente que esse negócio só próspera, porque as punições ainda não amedrontam os seus praticantes, apesar de algumas cassações. Quando me refiro aos praticantes, incluo o vendedor de votos, também. Quem vende o voto, por mais que algumas digressões da sociologia política tentem amenizar esse crime, é tão culpado quanto quem compra; e os poderes, que poderiam impedir essa prática e não o fazem, são mais responsáveis ainda.
Mas nem tudo está perdido. A imprensa alagoana informa, com destaque, a reunião realizada entre o TRE e Polícia Federal para discutir o combate à compra de votos. Não será difícil identificar os agentes desta prática. São centenas de organizadores de cadastros espalhados pelas comunidades mais carentes. Se o serviço de inteligência da PF atuar com rigidez, cumprirá um papel importantíssimo nas próximas eleições. Aliás, a prática da Polícia Federal nas operações recentemente realizadas, trouxe muita credibilidade para a corporação, aumentando a expectativa quanto as suas ações.
Mas o que chama mesmo a atenção dos leram os jornais neste sábado, 19 de janeiro, foi a declaração do desembargador-presidente do TRE, Antônio Sapucaia, que afirmou "Temos consciência que não é fácil fiscalizar, evitar e punir os políticos que compram votos. Esse tipo de ação é facilitada por alguns fatores graves, entre eles a participação de integrantes da banda podre do Poder Judiciário, e dos órgãos que têm responsabilidade de fiscalizar e combater ações ilegais". (Gazeta de Alagoas, 19/01, declarações dadas ao repórter Gilvan Ferreira).
O desembargador Antônio Sapucaia tem autoridade e integridade para fazer uma afirmação como essa. Acredito essas declarações provoquem desdobramentos. Tomara que os atingidos pela constatação e os "joios" que queiram ser separados desse "trigo", criem uma polêmica que termine por determinar quem é a BANDA PODRE. Aliás, em clima de carnaval, seria um bom nome para uma troça: A Banda Podre.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Proposta de logomarca para o Governo Estadual

A criatividade e o bom humor não têm limites. Recebi de um amigo uma mensagem em que critica a lentidão do governo estadual para resolver os seus "abacaxis". Cita as indefinições com relação as greves e a falta de ações de governo. Acompanhando a mensagem veio esta imagem, que reproduzo ao lado. A proposta do amigo é que esta seja a marca do governo.

Blog do Ticianeli ganha o Prêmio ESPIA 2007

PRÊMIO ESPIA 2007

O Prêmio Espia foi instituído em 2005 numa brincadeira, uma sátira aos prêmios de fim de ano que têm meramente interesse monetário. Onde o homenageado paga o prêmio. Geralmente os escolhidos são empresários, políticos ou gente influente. Por tudo isso a Revista ESPIA vem premiando as pessoas que realmente contribuíram para a cultura alagoana durante o ano (2006 – 2007).
O PRÊMIO ESPIA teve uma repercussão inesperada. Duas belas festas de entrega dos prêmios na Praça Gogó da Ema, com direito a pôr-do-sol e boa música. Nesse ano pretendemos repetir. Dia 15 de FEVEREIRO de 2008 estaremos novamente realizando uma festa na mesma praça, nos mesmos bancos, no mesmo jardim, e lançando o ANUÁRIO ESPIA 2007.

Agora leiam abaixo os segmentos da cultura alagoana contemplados para eleição via internet,

NÃO PODERAM SER VOTADOS:

1 - Governantes, políticos, secretários.
2 - Quem tem conta bancária com mais de 5 dígitos.
3 - Cabra Safado, cabra de peia!
4 - Ladrão, sanguessuga, gabiru, taturana ou mensaleiro.
5 - Editores e repórteres da ESPIA

GASTRONOMIA

Acarajé – ALAGOINHA - Ponta Verde
Tapioca – MARIA BONITA - Jatiúca
Suspiro- O REI DO SUSPIRO
Picolé– CAICÓ
Sorvete- BALI - Pajuçara
Sanduíche- CHIVITOS - Pajuçara
Tira-gosto- MARIA VAI COM AS OSTRAS - Jatiúca
Café da Manhã- BODEGA DO SERTÃO - Jatiúca
Restaurante- TRILHA DO MAR – Garça Torta
Botequim- BAR DA ZEFINHA – Mercado de Jaraguá
Barraca de Praia- BELEZA TROPICAL – Praia do Francês
Garçom- DANÚBIO – Água Doce – Cachaçaria - Jatiúca
Garçonete- MICHELLE – Buono Gourmet
Ambulante – CIDA - Praia de Jatiúca

MÚSICA

Cantor – CARLOS MOURA
Cantora – IRINA COSTA
Forrozeiro – TORORÓ DO ROJÃO
CD- ELAINE KUNDERA
Compositor- LUIZ ALBERTO MACHADO
Música- PRESENTE – Jr. Almeida
Músico ( Instrumentista)- CHAU DO PIFE
Espetáculo musical- TODOS OS POETAS –Mácleim
Produção cultural -BOIBUMBARTE
Coral- CORETFAL
Grupo Musical- CUMBUCA

LITERATURA

Romance- ELECTRO SÂNITAS – Humberto Gomes de Barros
Conto- O VELÓRIO DE CRISANTINA DOS MÁRTIRES – Carlos Mero
Poesia- LINHA D'ÁGUA – Jaci Bezerra
Ensaio- MANIFESTO SURURU – Dirceu Lindoso
Biografia – JUVENAL LOPES – Marcos Farias Costa
Humor- AILTON VILANOVA - Crônicas
Livro- DICIONÁRIO MULHERES DE ALAGOAS –Edilma Bomfim - Enaura Quixabeira
Literatura Infantil – ISVÂNIA MARQUES
Cronista- RONALD MENDONÇA
Colunista- LÉO PALMEIRA
Chargista – ÊNIO LINS
Livraria- NOSSA LIVRARIA
Editora- EDUFAL
Banca de Revista- ZUMBI, do ALDO
Bibliotecária – MARIA LUÍZA RUSSO
Biblioteca – BIBLIOTECA MUNICIPAL DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS

DIVERSOS

Dança - ÍNDIA – (ex-dançarina do CIRCO GARCIA, 83 anos, dança todo domingo no projeto VEM VER A BANDA TOCAR na Ponta Verde.)
Teatro - AUTO DA PERSEGUIÇÃO E MORTE DO MATEU – Luiz Gutemberg
Grupo de Teatro de Rua- GRUPO RAÍZES DA TERRA - Arapiraca
Ator Teatro de Rua – ROGÉRIO DIAS
Atriz Teatro de Rua - GABRIELA COSME
Cinema – A ESFINGE – Jorge Oliveira
Grupo Folclórico- CHEGANÇA DO PONTAL DA BARRA
Bloco Carnavalesco- O PINTO DA MADRUGADA
Evento Cultural- III BIENAL DO LIVRO DE ALAGOAS
Espaço Cultural- CENTRO DE CONVENÇÕES
Programa para comunidade - NATAL E ANO NOVO COM LEITURA – 59º Batalhão de Infantaria- Exército Brasileiro
Agitador cultural – TCHELLO d'BARROS

IMPRENSA

Programa de TV- TERRA E MAR – TV GAZETA
Programa de TV a cabo- CIDADE AFLITA – Canetinha –TV MAR
Programa de TV – cultura – ALAGOAS, ARTE E CULTURA- PAULO POETA – TV Assembléia
Programa de Rádio- VIDA DE ARTISTA – Rádio Educativa – Gal Monteiro
Caderno de Cultura (jornais)- CADERNO 2 – O JORNAL
Tablóide (suplemento)- SABER – Gazeta de Alagoas
Jornal Eletrônico (Internet)- ALAGOAS 24 HORAS
Blog – BLOG DO TICIANELI
Fotógrafo (jornalismo)- FELIPE CAMELO e IVETTE MARIA MOURA
Fotógrafo Profissional - BRUNNA DE MAZZEO
Fotógrafo Amador- PEDRO CABRAL e NENO CANUTO
Revista- FOLHA (Barra) e URUPEMA
Site- www.bairrosdemaceio.net

PRÊMIOS ESPECIAIS

ESPECIAL- EXPRESSO DO SABER – Biblioteca ambulante do Instituto Arnon de Mello
Conjunto da obra - ALDEMAR PAIVA
Folhinha – POSTAIS ALAGOAS - FAPEAL
Cidadania – GERALDO CÂMARA
Boemia – RESTAURANTE CANTO DOS CANTOS – Cláudio
Personagem marcante na história da boemia – NEGA ODETE
Vendedor de flores na noite - O ALEIJADINHO

DIA 15 DE FEVEREIRO NA PRAÇA GOGÓ DA EMA -
ORLA DA PONTA VERDE
SERÃO ENTREGUES OS PRÊMIOS A PARTIR DAS 17 HORAS COM DIREITO A UM BELO PÔR-DO-SOL AO SOM DE MÚSICAS ENCANTADORAS.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A taturana e a folha 108

O folclore político brasileiro é muito rico em ensinamentos. Os mineiros são sempre citados como os que mais exercitam esse saber, e Tancredo Neves é um dos mais conhecidos dentre eles. Lembro isso para tentar entender o que aconteceu na relação entre a Assembléia Legislativa de Alagoas e o advogado e ex-procurador-geral daquela casa, Mendes de Barros. A princípio, parece-me que a esperteza que levou o grupo a ser indiciado pelo sumiço de 200 milhões, descambou para o mais ingênuo primarismo ou, para a falta de cuidados dos que têm a mais extrema das certezas da impunidade.
Se os deputados tivessem conhecimento da experiência mineira de Tancredo prestariam mais atenção a uma das suas célebres frases: "...telefone só deve ser utilizado para marcar encontro e, de preferência, em lugar errado...". Como, felizmente para nós, não fizeram isso, incorreram num segundo erro, que também poderia ter sido evitado se tivessem lido esse outro ensinamento do falecido Presidente Tancredo: "só se convoca uma reunião quando já se sabe o resultado dela!" Contrataram o Dr. Mendes de Barros na esperança de que o experiente advogado emprestaria o seu nome e conhecimento para "justificar" o injustificável. O tiro saiu pela culatra. Mendes jogou mais lenha na fogueira ao divulgar a "folha 108”. Agora veio a demissão. Ou seja: disseram claramente que não estão interessados em apurar seriamente nada. Já sabíamos: raposa não pode tomar conta do galinheiro.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Até aonde vai a tecnologia

O desenvolvimento de equipamentos especiais para compensar deficiências físicas chega a uma marca importante. Os chamados paraatletas têm recebidos próteses que não só os permitem disputar suas provas, mas, surprendentemente, melhoram os seus rendimentos a ponto de levarem vantagens sobre os atletas sem deficiência. É o caso de Oscar Pistorius. Veja a matéria divulgada pelo GLOBOESPORTE.COM.

O corredor sul-africano de 21 anos Oscar Pistorius, que corre com duas próteses de fibra de carbono no lugar das pernas amputadas, foi proibido pela IAAF (Federação Internacional de Atletismo) de disputar competições oficiais ao lado de atletas sem deficiências. - Após um estudo minucioso, o conselho da IAAF decidiu que as próteses conhecidas com o nome de 'cheetahs' devem ser consideradas como ajuda técnica, e por isso, estão claramente em desacordo com a regra - diz o comunicado no site oficial da entidade. De acordo com um estudo da Universidade do Esporte de Colônia, na Alemanha, Pistorius teria até 25% de vantagem mecânica em relação ao atleta que não usa a prótese. O alteta sul-africano almejava se classificar para os Jogos de Pequim fora do evento paraolímpico na prova dos 400m, sua especialidade.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Ser ou não ser

O governador Teo Vilela vive um drama shakespeareano em sua relação com a Assembléia Legislativa. Precisa manter a maioria dos deputados satisfeitos com o governo, mesmo sabendo que essa turma não é lá nenhuma Brastemp. Sonha em enxugar os repasses que faz aos outros poderes, mas não quer assumir o ônus de uma medida tão antitaturânica. Esperou o quanto pôde, acreditando que as organizações da sociedade civil cumpririam esse papel. Como isso não aconteceu, Teo resolveu cobrar solução para o "desgaste" do poder legislativo. A outra face da moeda, e que também incomoda o governador, é a decisão que tem que tomar sobre o nome que deverá ser indicado para a vaga de Alfredo Gaspar de Mendonça no Tribunal de Contas. O escolhido por sua base na Assembléia é o deputado Cícero Amélio, que enfrenta inquérito da Polícia Federal pelo envolvimento no desvio dos 200 milhões da Assembléia. Téo quer honrar o compromisso com os deputados, mas não quer indicar o nome de alguém sob suspeita. Assim, o dilema shakespeareano fica mais exposto. Será que os deputados envolvidos conseguirão limpar as suas imagens para facilitar a vida do governador? Teo vai se negar a indicar Amélio e comprar uma briga com a Assembléia?
A cobrança do governador aos deputados, para que esclareçam as denúncias, é mais jogo de cena do que uma ação incisiva de governo que tenha esperança de se concretizar. Afinal de contas, as declarações do superintendente da Polícia Federal em Alagoas apontam para o indiciamento de deputados no inquérito aberto pela Operação Taturana.
Independentemente das vacilações do governo, o movimento popular está devendo uma ação mais firme no caso. O foco foi desviado para uma falsa polêmica: participação ou não em auditorias. A questão a ser decidida é se vamos ou não cobrar punições, além de exigir que o governo esclareça se os orçamentos dos poderes refletem as suas reais necessidades ou estão “inchados”. Percebo que está em andamento uma operação panos mornos.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Movimentos sociais apóiam aumento do IOF e criticam o Senado e os ricos

Os dirigentes de organizações populares, movimentos sociais, intelectuais e religiosos lançaram abaixo-assinados, nesta quarta-feira (9), em que criticam a posição do Senado que, articulada com as classes ricas, derrubaram a CPMF, depois de ter sido aprovada na Câmara. Elogiam a iniciativa do governo de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o lucro liquido dos bancos, e defendem uma reforma tributária que diminua os impostos diretos sobre consumo, que todos pagam.
O documento também critica a reação das classes ricas, que eles nomeiam como FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), Rede Globo e seus representantes nos Democratas (antigo PFL) e no PSDB, que condenam as medidas.
''(Eles) estão mentindo dizendo que toda população será mais afetada pelo imposto, enquanto escondem que o maior custo das compras a prazo são as taxas de juros exorbitantes, sobre as quais se calam, pois são delas favorecidos''.
O texto defende que ''o Brasil precisa, urgentemente, de uma política de distribuição de renda. E para isso será necessário aumentar os impostos de quem pode e deve pagar, diminuir os impostos dos mais pobres, aumentar os salários, diminuir lucros e juros'', diz o documento, destacando que esses recursos devem servir para ''aumentar a qualidade dos serviços públicos de forma gratuita para toda população, em especial saúde, seguridade social e educação''.
Segundo o abaixo-assinado, ''a redução de gastos públicos, tão exigido pela direita, devem ser feitos no superávit primário e no pagamento dos juros das dividas que representam uma enorme transferência de recursos para meia dúzia de banqueiros'', diz o texto, lembrando que no ano passado o governo federal pagou 160,285 bilhões de reais em juros, quatro vezes mais de tudo o que gastou no social e correspondente a 6,3% do PIB.
O texto enfatiza a necessidade de ampliação dos investimentos em saúde e educação, acrescentando que ''tampouco podemos aceitar a redução de contratação e dos salários dos servidores públicos''.
Os representantes dos movimentos sociais defendem a reforma tributária e, para isso, dão as diretrizes que devem nortear o que consideram ''a verdadeira reforma tributária'': redução da taxa de juros básica paga pelo governo aos bancos e as taxas de juros cobradas aos consumidores e empresas.
''É preciso eliminar as taxas de serviços pelas quais os bancos espoliam a todos os correntistas e recolhem por ano 54 bilhões de reais. E acabar com a Lei Kandir, que isenta de ICMS todas as exportações agrícolas e primárias, penalizando o povo e as contas públicas nos estados'', sugerem. Benefícios da CPMF
''A CMPF era um imposto que penalizava os mais ricos e 70% provinha de grandes empresas e bancos'', analisa os representantes dos movimentos sociais. O texto elogia a CPMF também como importante instrumento de combate à sonegação, ''permitindo que a Receita Federal checasse as movimentações financeiras com o imposto de renda, evitando fraudes e desvios'', destaca.
Eles também manifestam desaprovação pela continuidade da DRU, que permite ao Governo Federal usar 20% de toda receita federal sem destinação prévia. ''Isso também é muito grave, porque permite que recursos da área social sejam remanejados sem controle para pagamento de juros e outras despesas não prioritárias'', afirma o documento.
Os movimentos sociais voltam a defender os plebiscitos e consultas populares. ''Ante as pressões dos setores conservadores devemos convocar o povo para que se manifeste. Utilizar os plebiscitos e consultas populares para que o povo exercite o direito de decidir sobre assuntos tão importantes para sua vida'', conclui o texto.
O abaixo assinado recebeu o apoio de Dom Thomas Balduino, bispo e presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT); João Pedro Stédile, da Via Campesina Brasil; José Antônio Moroni, da Associação Brasileira de ONGs (ABONG) e da Campanha Nacional por Reformas Políticas; Luana Bonone, da União Nacional dos Estudantes (UNE); Luís Bassegio, do Grito dos Excluídos; Marina dos Santos, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST); Marcelo Resende, da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA); Emir Sader, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); Leila Jinkings, jornalista e diretora do Centro de Estudos Latino Americano (CELA), entre outros.

(Fonte: Portal Vermelho)

Bush veste a máscara de pacifista

Ao que parece o presidente George Bush vai entrar para a história como um dos maiores inimigos da humanidade. Se não bastassem os baixos índices de aprovação em seu próprio país, Bush, em visita iniciada hoje ao Oriente Médio, recebe manifestações contrárias da direita e da esquerda. De uns recebe a acusação de ser conivente com o terrorismo e de outros a de ser o próprio terrorismo.
Em Tel Aviv, Israel, o presidente americano desembarcou acompanhado de uma comitiva de 600 pessoas, a maioria de agentes da CIA. Um pequeno exército que se soma aos mais de 8 mil policiais israelenses, demonstrando o quanto ele é bem quisto pelo Oriente Médio.
Não dá para engolir que Bush é um embaixador da paz. Suas mãos têm sangue demais para serem encobertos por algumas pirotecnias de fim de governo. Seus oito dias de viagens vão servir somente para provocar manifestações de desagrado com a política agressiva à soberania dos povos que os EUA praticam na região.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O IOF de FHC e os caras-de-pau

Vejam como o governo das privatizações (doações) de Fernando Henrique Cardoso tratava a questão do IOF em 1997, segundo matéria na Folha de S.Paulo de 03 de maio daquele ano:

O Governo elevou de 6% para 15% ao ano o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado no financiamento de pessoas físicas - como no caso de cheque especial, cartão de crédito e compras a prazo. O objetivo é conter o crescimento do crédito ao consumidor.
"É melhor agir com antecedência que tomar medidas mais rigorosas e violentas no futuro", afirmou o presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, ao anunciar a medida ontem em São Paulo.
"Não estamos achando que o aquecimento da economia esteja excessivo", disse o secretário José Roberto Mendonça de Barros (Política Econômica).
O IOF é cobrado em cada operação de crédito realizada por instituições financeiras. Para Loyola, o impacto deve ser maior nos financiamentos entre seis e 12 meses.


Agora o DEM eo PSDB querem aparecer como os defensores do bolso do brasileiro. Acham um absurdo o aumento do IOF para cubrir as perdas orçamentárias provocadas pelo fim da CPMF. Qualquer cidadão tem o direito de reclamar quando é atingido no bolso, mas esses que aprovaram as medidas acima devem ter mais coerência e ficarem calados.




sábado, 5 de janeiro de 2008

Terra sem lei

A coisa destrambelhou de vez. É uma morte atrás da outra. Tiroteio de tudo quanto é tamanho e em todo lugar. A bandidagem perdeu o medo e resolveu enfrentar a polícia de igual para igual, aliás, de superior para inferior. A imagem que me vem é a de um filme bang-bang americano. Mata-se e depois se toma calmamente uma bebida no sallon. Uma vida em Alagoas vale muito pouco. Mata-se para tomar dinheiro, mata-se porque a vítima é um policial, mata-se porque o vereador enfrentou os "coronéis". Enquanto isso a polícia civil continua em greve e o governo, esperando vencer pelo cansaço, entrega a segurança pública nas mãos da desaparelhada Polícia Militar. E as famílias dos que estão levando tiros o que acham disso? Será que dá para esperar infinitamente uma solução?
O próprio governador teve que sair correndo de uma favela por causa da ousadia de um traficante, que foi assistir a visita do Teo com uma pistola na cintura. Entre a bandidagem vai se construindo a conciência de que eles são mais fortes do que o aparato de segurança e do que a vontade do governo de enfrentá-los.
A última vítima foi o jornalista e cinematografista Walter Lessa. Um conhecido e experiente profissional da comunicação em Alagoas. A partir de segunda-feira teremos mais um segmento da sociedade a cobrar medidas do governo. Os trabalhadores em comunicação têm um peso considerável. Tomara que a absurda morte do Walter sirva, pelo menos, para acordar as autoridades, antes que se perca o controle definitivamente.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Concessões de rádio e TV, o que precisa mudar

“O espectro radioelétrico (a "divisão do ar" em faixas de freqüência para transmissão dos sinais de rádio e TV aberta) é um bem público, não pertence a ninguém, não tem dono. Por ser um "espaço" de todos e fisicamente limitado, deve ser regulado e administrado pelo Estado. Ou seja, cabe ao país definir quem pode utilizar e de que maneira esse espaço e como seus canais de exploração serão distribuídos. O fato de ser um serviço público, além de explorado diretamente pelo Estado, pode ser delegado a terceiros. Mas isso não retira do Estado o dever de controlá-lo. É assim em qualquer área.
Com a radiodifusão, no entanto, a coisa é diferente. A sociedade não tem nenhum poder de interferência sobre o uso do espectro. As emissoras de TV recebem a concessão por quinze anos e as de rádio por dez anos, e durante todo esse período não têm de prestar contas a ninguém sobre o uso que fazem das outorgas. Dessa forma, os empresários reinam sozinhos, ditam as regras e não cumprem nem o pouco que a lei prevê para o setor.”
Com essa introdução, a Revista TEORIA E DEBATE, nº 74, publica artigo de Bia Barbosa e Jonas Valente sobre as concessões de rádio e TV. Vale a pena assinar a revista. O fone é (11)5571-4299 e o e-mail
td@fpabramo.org.br. Vale a pena também visitar o site http://www.fpabramo.org.br.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Previsões sobre o óbvio ululante

Os profissionais de imprensa recebem uma carga a mais nesses feriadões de final de ano. Fica-se garimpando notícias que não sejam as tradicionais dessa época (movimento do comércio, problemas do trânsito, orientações alimentares etc). A cobertura política, então, nem é bom falar. Pára tudo.
O único elo entre as festas e a política é a figura do místico. É o momento maior deles. O pior é quando o repórter pergunta sobre as previsões das cartas ou búzios para a política em 2008, ouve-se uma verdeira aula de contorcionismo. Um telejornal local entrevistou hoje, dia 1º, um especialista em Tarot. Vejam a pérola de previsão que ele fez: " O governo do Teo tem que tomar cuidado! Tem gente do próprio governo querendo puxar o tapete dele". Não sei o que as cartas falaram, precisamente, para o advinho, mas previsão assim qualquer um faz sem precisar de baralho. Isso é constatação do óbvio. Qualquer poder está sujeito a disputa interna, que os digam, por exemplo, os faraós e os césares romanos.
Teo padece pela falta de um claro programa de governo e dirige uma equipe lenta nas decisões. As últimas declarações dele em 2007 foram de reconhecimento desses problemas. Será que serão enfrentados? Se não forem, não serão com os apetrechos da sala as maiores preocupações de Teo. O telhado e o alicerce cobrarão maiores atenções.