sábado, 5 de janeiro de 2008

Terra sem lei

A coisa destrambelhou de vez. É uma morte atrás da outra. Tiroteio de tudo quanto é tamanho e em todo lugar. A bandidagem perdeu o medo e resolveu enfrentar a polícia de igual para igual, aliás, de superior para inferior. A imagem que me vem é a de um filme bang-bang americano. Mata-se e depois se toma calmamente uma bebida no sallon. Uma vida em Alagoas vale muito pouco. Mata-se para tomar dinheiro, mata-se porque a vítima é um policial, mata-se porque o vereador enfrentou os "coronéis". Enquanto isso a polícia civil continua em greve e o governo, esperando vencer pelo cansaço, entrega a segurança pública nas mãos da desaparelhada Polícia Militar. E as famílias dos que estão levando tiros o que acham disso? Será que dá para esperar infinitamente uma solução?
O próprio governador teve que sair correndo de uma favela por causa da ousadia de um traficante, que foi assistir a visita do Teo com uma pistola na cintura. Entre a bandidagem vai se construindo a conciência de que eles são mais fortes do que o aparato de segurança e do que a vontade do governo de enfrentá-los.
A última vítima foi o jornalista e cinematografista Walter Lessa. Um conhecido e experiente profissional da comunicação em Alagoas. A partir de segunda-feira teremos mais um segmento da sociedade a cobrar medidas do governo. Os trabalhadores em comunicação têm um peso considerável. Tomara que a absurda morte do Walter sirva, pelo menos, para acordar as autoridades, antes que se perca o controle definitivamente.

2 comentários:

Cadu Amaral disse...

O governador deveria vingir que vai ao banheiro e se mandar...

O que está se fazendo em Alagoas é coisa de muito tempo atrás...

Às vezes acho que vamos voltar ao período das 27 famílias de quando Alagoas deixou de ser comarca de Pernambuco.


Cadu Amaral
Diretor da UNE

Anônimo disse...

Vamos mudar o nome do estado para Tombstone e chamar o xerife Wyat Earp para dar um jeito na coisa.

Está pior que no tempo das 27 famílias. É só olhar as figurinhas que nós elegemos. Al Capone é pinto perto disso.