terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Previsões sobre o óbvio ululante

Os profissionais de imprensa recebem uma carga a mais nesses feriadões de final de ano. Fica-se garimpando notícias que não sejam as tradicionais dessa época (movimento do comércio, problemas do trânsito, orientações alimentares etc). A cobertura política, então, nem é bom falar. Pára tudo.
O único elo entre as festas e a política é a figura do místico. É o momento maior deles. O pior é quando o repórter pergunta sobre as previsões das cartas ou búzios para a política em 2008, ouve-se uma verdeira aula de contorcionismo. Um telejornal local entrevistou hoje, dia 1º, um especialista em Tarot. Vejam a pérola de previsão que ele fez: " O governo do Teo tem que tomar cuidado! Tem gente do próprio governo querendo puxar o tapete dele". Não sei o que as cartas falaram, precisamente, para o advinho, mas previsão assim qualquer um faz sem precisar de baralho. Isso é constatação do óbvio. Qualquer poder está sujeito a disputa interna, que os digam, por exemplo, os faraós e os césares romanos.
Teo padece pela falta de um claro programa de governo e dirige uma equipe lenta nas decisões. As últimas declarações dele em 2007 foram de reconhecimento desses problemas. Será que serão enfrentados? Se não forem, não serão com os apetrechos da sala as maiores preocupações de Teo. O telhado e o alicerce cobrarão maiores atenções.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro ticianeli, o comandante (?) da PMAL admitiu, hoje em entrevista, que a violência sofreu um acréscimo exorbitante, algo em torne de 50%. Esse dado é a fotografia de um governo lento, omisso, acéfalo, sem projetos e o que é pior, sem perspectiva de melhoria. Fica uma pergunta: O que falta acontecer em Alagoas pra que o governo tome as rédeas da situação ??? Acho que a primeira ação é alguém avisar que Téo Vilela ganhou as eleições e perguntar se ele quer assumir a cadeira de governador.