sábado, 3 de agosto de 2013

Judson Cabral quer botar ordem na Assembleia

Edberto Ticianeli
 
Judson Cabral cobra a apuração
das denúncias contra a Mesa Diretora
da Assembleia
Atendendo ao pedido de um colega jornalista, entrevistei o deputado Judson Cabral (PT) para colher informações sobre a crise em que se envolveu, novamente, a Mesa Diretora do poder legislativo estadual, depois da divulgação da movimentação financeira milionária das contas dos servidores e comissionados.

Judson Cabral (PT) não esconde o desconforto com a situação e lamenta a falta de transparência do poder, que mesmo depois da Operação Taturana, de 2008, não aprendeu a lição. Para o deputado petista, é preciso revelar urgentemente os responsáveis pelas irregularidades, se não todos pagam pelos erros de alguns.

“Em 2011 eu denunciei o uso indevido da GAPE [atual Gratificação por Dedicação Excepcional] ao Ministério Público, que apenas fez algumas recomendações. Nunca usei tal gratificação para os meus assessores, que podem ser investigados a qualquer hora para comprovar”. Segundo Judson Cabral, a Assembleia volta a cometer as mesmas irregularidades de 2008, mas de forma maquiada.

Considerando que os dados divulgados das contas são de 2011, Judson avalia que o escândalo pode ser maior quando forem reveladas as informações sobre 2012, um ano de eleições. “Provavelmente, as retiradas para gratificações devem ter sido maiores. Espero que o Ministério Público, federal e estadual, passe a limpo toda essa história, principalmente porque conta com o apoio da Receita e Polícia Federal”.

Com bom trânsito entre os deputados, Judson Cabral teve o seu nome citado como possível presidente, capaz de tirar a Assembleia da crise e melhorar a imagem do poder. “Se ocorrer uma situação em que a minha participação seja necessária, colocarei meu nome à disposição para contribuir, desde que os critérios estejam bem claros, e se tenha o acompanhamento da sociedade e do Ministério Público”.

Para Judson Cabral, os desafios da Assembleia vão desde recuperação da infraestrutura, a começar pela compra de um gerador, até à limpeza e pintura do prédio, que não está num bom estado. “Ajustando os gastos e coibindo os excessos, irregularidades e desvios, posso garantir que é possível fazer tudo isso com um duodécimo menor que o atual, contribuindo para as políticas públicas do estado”.