quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Anistia: 30 anos

Visita de organizadores do PT: Heitor de Souza Santos, dep. Edson Khair, Luíz Inácio Lula da Silva, Manoel Henrique, Gilney Amorim, Yara, Wagner Benevides, presídio da Frei Caneca-RJ, em 1979

Anistia: 30 anos

Lideranças políticas, com Ulysses Guimarães à frente, "atropelam" a polícia e os cachorros em Salvador, 1979, em um dos atos mais expressivos da campanha pela Anistia

Anistia: 30 anos


Teotônio Vilela, por ocasião do recebimento do prêmio Guerreiro, em 1983. Maceió

Anistia: 30 anos

Comissão da Ansitia do Senado

Anistia: 30 anos

Presídio da Frei Caneca-RJ. Senador Teotonio Vilela e o senador Luiz Viana Filho, Presidente do Congresso

Anistia: 30 anos


Manifestação pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita, realizada no centro de São Paulo. 21-08-79

Anistia: 30 anos

Greve de fome de 22-07 a 22-08-79 no presídio da Frei Caneca-RJ

Anistia: 30 anos

Teotônio Vilela e dirigentes do MDB de Pernambuco

Anistia: 30 anos


Cartaz de Otávio Roth para Campanha pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita.

Anistia: 30 anos

Cartaz de denúncia de mortos e desaparecidos políticos desde 1964, no Brasil.

Anistia: 30 anos

Cartaz da campanha pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita

Anistia: 30 anos


Cartaz da campanha pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita

Anistia: 30 anos

Cartaz da campanha pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita

Anistia: 30 anos


Cartaz da campanha pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita

Alagoas na luta por Anistia.


Entidade e lideranças populares, na Rua do Comércio em Maceió, cobram a aprovação da Lei da Anistia, em 1979.




Teotônio Vilela, Cidadão da Anistia

Ato de fundação do PMDB, no Teatro Deodoro, em 1980 - Foto: Adailson Calheiros

Teotônio Vilela, Cidadão da Anistia


Teotônio discursa no Congresso durante a aprovação da Lei da Anistia, em 28 de agosto de 1979.

Cidadão da Anistia


O texto a seguir é da Nice Vilela. Rende homenagem ao menestrel Teotônio Vilela, já que amanhã, 28/08, comemoramos 30 anos da votação da lei da anistia.




Em 28 de agosto de 1979 o Brasil avançava na sua redemocratização, graças à aprovação da reivindicada, discutida e, de certa forma, até frustrada Lei da Anistia Política. Mas o povo brasileiro sabia que embora não houvesse a anistia ampla e irrestrita, tão esperada à época, era, de fato, o primeiro e importante passo para uma nova fase na política nacional.E não se pode pensar, falar e debater anistia, sem se pensar, falar e debater o decisivo papel que Teotônio Brandão Vilela teve em todo esse processo.
A liberdade sempre esteve na pauta de sua vida e, no exercício da política, em momento algum, ele deixou de defender a causa da democracia como fundamento para um Brasil desenvolvido e socialmente justo, de gente forte e livre através do pensamento, da fala e da escrita. Era assim Teotônio. Teotônio das Diretas Já, da Anistia Política; Teotônio da Viçosa, das Alagoas, da Cidadania.Não foi à toa que se imortalizou como o Guerreiro da Paz e como o Peregrino da Liberdade, sábio nos ensinamentos e corajoso na defesa de cada um de seus ideais.
A história nos mostra hoje, 30 anos depois, que Teotônio Vilela não foi apenas um bravo presidente da Comissão Mista da Anistia no Congresso Nacional. Foi mais além. Levou a anistia à sociedade civil, e a sociedade civil à anistia.E mesmo tendo subido nos palanques da anistia ampla, geral e irrestrita, tendo feito uma campanha, essa sim, ampla e irrestrita, dentro efora do Congresso Nacional contra a proposta de anistia do governo, Teotônio consolidou-se como o “Comandante da Anistia”. Era, também e, sobretudo, dele a comemoração de tantos e tantos brasileiros com essa lei.
De lá para cá, houve avanços positivos e embora saibamos que nenhuma lei e nenhum ato, em favor das vítimas da ditadura possam apagar o terror, as mortes, as dores e o medo daqueles anos, a caminhada de Teotônio Vilela nos deixa o alento de que a coragem cívica dele foi preponderante para as transformações políticas deste país.
E, a cada 28 de agosto se faz necessário lembrar essa data para que a história não se perca no tempo. A história de um alagoano que ganhou notoriedade pelas ações em favor da liberdade de cada brasileiro, seja ele o que estava lutando contra a ditadura militar ou não, orgulha Alagoas e os alagoanos e, certamente, estimula a todos os brasileiros que querem fazer da política um trabalho sério em defesa da democracia e do desenvolvimento.O empenho com que Teotônio se dedicou ao Brasil da Cidadania fica na história como exemplo imutável de civismo e de brasilidade.


Janice Vilela - Superintendente da Fundação Teotônio Vilela

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dilma diminui distância para Serra

Veja abaixo, no gráfico, a evolução dos números nas pesquisas que a Vox Populi fez em dezembro de 2008, maio 2009 e agosto de 2009, dos pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT). Há uma clara tendência de diminuição da distancia entre eles.


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ex-jogadores em atividade


É atribuída a Paulo César Vasconcellos, comentarista da Sportv, a criação da expressão "ex-jogadores em atividade", referindo-se a atletas que supostamente tenham ultrapassado o prazo de validade em suas carreiras esportivas. A dúvida a ser respondida é se a permanência desses jogadores nos gramados se deve a falta de renovação de bons jogadores, ou se a medicina esportiva tem evoluído a ponto de prolongar a vida atética deles. Tendo a ficar com a segunda hipótese. O que me faz decidir assim e a observação dos ricos clubes europeus, que podendo contratar facilmente craques da bola em países com um futebol mais pobre — em salários de jogadores — mas, no entanto, mantêm em seus plantéis jogadores com larga experiência. O italiano Milan, até o ano passado, mantinha um dos times mais velhos do mundo.
Fiz uma breve pesquisa na net e apresento a relação dos 20 jogadores mais "antigos" em atividade no futebol brasileiro. Tirem suas conclusões: são craques, ainda em forma, ou não surgiu ninguém melhor para substituí-los?

Rendo minhas homenagens, com a foto, ao "vovô-garoto" Fernando, do Santo André, que vi correr mais do que o atacante do time adversário, num final de partida.


42 anos Fernando (Santo André)
40 anos Antonio Carlos (Santos)
40 anos Viola (Resende)
39 anos Sérgio Alves (Ceará)
39 anos Júnior Baiano (Volta Redonda)
39 anos Túlio Maravilha (Itumbiara)
37 anos Marcelinho Carioca (Santo André)
37 anos Ramon Menezes (Vitória)
36 anos Petkovic (Flamengo)
36 anos Marques (Atlético - MG)
36 anos Júnior (Atlético – MG)
36 anos Giovanni (Mogi Mirim)
36 anos Marcos (Palmeiras)
36 anos Rogério Ceni (São Paulo)
36 anos Jackson (Vitória)
35 anos Paulo Isidoro (Bahia)
35 anos Márcio Angonese (Criciúma)
35 anos Danrlei (Brasil de Pelotas)
35 anos Anderson Lima (Chapecoense)
35 anos Bilu (Ponte Preta)

domingo, 16 de agosto de 2009

Apartheid social e violência: quem veio primeiro?


Na manhã deste domingo nublado de Maceió, o portal de notícias Cada Minuto destaca que “assaltos a carteiros levam Correios a suspender entregas em regiões de Maceió”. Quando li, a palavra que me veio à mente foi apartheid

Se puxarmos pela memória mais recente vamos encontrar noticias semelhantes divulgando que motoristas de ônibus se negam a fazer certos percursos por insegurança e que professores e médicos abandonam suas funções na periferia pelo mesmo motivo. 

Há poucos dias, em uma manifestação de protesto no bairro do Jacintinho, assaltaram a equipe de reportagem da Gazeta de Alagoas, o que poderá afastar os profissionais da notícia das zonas de riscoA SAMU cobra o acompanhamento de uma escolta policial para fazer atendimentos a alguns bairros periféricos de Maceió. 

Poderíamos concluir, apressadamente, que a violência vai construindo uma barreira que separa os mais pobres dos outros segmentos sociais. Mas há outra forma de analisar o mesmo fenômeno: uma sociedade que exclui os mais pobres, afastando-os do acesso ao trabalho e aos serviços básicos como educação e saúde, não está gerando todas as condições para o surgimento da violência urbana?

O apartheid social não seria um componente estrutural das sociedades em que o homem explora o homem? 

Uma boa reflexão para um domingo de chuvas.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O perigo da utopia


Artigo publicado no jornal Valor Econômico desta quarta-feira (12)


José Luís Fiori


"...a geopolítica do equilíbrio de poderes e a prática do imperialismo explícito deixaram de fazer sentido devido a uma série de novos fatos históricos [...] esta abordagem das relações internacionais não tem mais espaço no mundo em que vivemos, do pós-colonialismo, da globalização, do sistema político global, e da democracia [...] com a globalização, todos os mercados estão abertos e é inimaginável que um país recuse vender a outro, por exemplo, petróleo a preço de mercado [...] Resulta ainda daqueles fatos que a guerra entre grandes países também não faz mais sentido [...] No Século XX, as guerras entre as grandes potências não faziam sentido porque todas as fronteiras já estavam definidas." - Luiz Carlos Bresser-Pereira, em "O mundo menos sombrio", Jornal de Resenhas, nº 1, 2009, USP, p. 7
Na segunda metade do Século XX, em particular depois de 1968, tornou-se lugar comum a crítica dos "novos filósofos" europeus, que associavam a utopia socialista ao totalitarismo. Mas não se ouviu o mesmo tipo de reflexão, depois da década de 80, quando a utopia liberal se tornou hegemônica e suas ideias tomaram conta do mundo acadêmico e político. Logo depois da Guerra Fria, Francis Fukuyama popularizou a utopia do "fim da história" e da vitória da "democracia, do mercado e da paz". E apesar dos acontecimentos que seguiram, suas ideias continuam influenciando intelectuais e governantes, sobretudo na periferia do sistema mundial. Basta ver a confusão causada pelo anúncio recente da decisão americana de ampliar sua presença militar na América do Sul. Com a instalação ou ampliação de sete bases militares no território colombiano, que deverão servir de "ponto de apoio para transporte de cargas e soldados no continente e fora dele" (FSP, 05/08/09).


O governo americano justificou sua decisão com objetivos "de caráter humanitário e de combate ao narcotráfico". A mesma explicação que foi dada pelo governo americano, por ocasião da reativação da sua IV Frota Naval, na zona da América do Sul, no ano de 2008 : "Uma decisão administrativa, tomada com objetivos pacíficos, humanitários e ecológicos" (FSP, 09/07/08). Uma das funções dos diplomatas é participar deste jogo retórico que às vezes soa até um pouco divertido. E cabe aos jornalistas o acompanhamento destes debates sobre distâncias, raio de ação dos aviões, ameaça das drogas etc. Todavia, os intelectuais têm a obrigação de transcender este mundo da retórica e dos números imediatos e também o mundo das fantasias utópicas, o que às vezes não acontece, e não se trata - evidentemente - de um problema de ignorância.
Pense-se, por exemplo, na utopia liberal do "fim das guerras", que já não fariam mais sentido entre os grandes países, e contraponha-se este tese com a história passada e a história dos Séculos XX e XXI. Segundo a pesquisa e os dados do historiador e sociólogo americano, Charles Tilly, "de 1480 a 1800, a cada dois ou três anos iniciou-se em algum lugar um novo conflito internacional expressivo; de 1800 a 1944, a cada um ou dois anos; a partir da Segunda Guerra Mundial, mais ou menos, a cada 14 meses. A era nuclear não diminuiu a tendência dos séculos antigos a guerras mais frequentes e mais mortíferas [aliás], desde 1900, o mundo assistiu a 237 novas guerras, civis e internacionais [enquanto] o sangrento Século XIX contou 205 guerras" (Charles Tilly, Coerção, capital e Estados europeus , Edusp, 1996, p. 123 e 131).
Mesmo na década de 1990, durante os oito anos da administração Clinton, que foi transformado na figura emblemática da vitória da democracia, do mercado e da paz, os EUA mantiveram um ativismo militar muito grande. E, ao contrário da impressão generalizada, "os Estados Unidos se envolveram em 48 intervenções militares, muito mais do que em toda a Guerra Fria, período em que ocorreram 16 intervenções militares" (Bacevich, 2002: p:143). E mais recentemente, os "fracassos" militares dos EUA, no Iraque e no Afeganistão - ao contrário do que dizem - aumentaram a presença militar dos EUA na Ásia Central e o cerco da Rússia e da China, envolvendo, portanto, preparação para a guerra entre três grandes potências. Em tudo isto, fica clara a dificuldade intelectual dos liberais conviverem de forma inteligente com o fato de que as guerras são uma dimensão essencial e co-constitutiva do sistema mundial em que vivemos, e que portanto não é sensato pensar que desaparecerão. Ao contrário do que pensam os liberais, a associação entre a "geopolítica do equilíbrio de poderes" e as guerras não se restringe ao Século XIX - já havia sido identificada na Grécia - e o sonho do "governo mundial" das grandes potências existe pelo menos desde o Congresso de Viena, em 1815, sem que isto tenha impedido o aumento do número dos Estados e das guerras nacionais.
Neste tipo de sistema mundial, por outro lado, é muito difícil acreditar na possibilidade do "fim do imperialismo", e ainda menos neste início do Século XXI, em que as grandes potências - velhas e novas - se lançam sobre a África e sobre a América Latina disputando palmo a palmo o controle monopólico dos seus mercados e das fontes de energia e matérias-primas estratégicas. E soa quase ingênua a crença liberal nos "mercados abertos", num mundo em que todas as grandes potências impedem o acesso às tecnologias de ponta, não aceitam a venda de suas empresas estratégicas e protegem de forma cada vez mais sofisticada seus produtores industriais e seus mercados agrícolas. Neste ponto, chama atenção a facilidade com que os economistas liberais confundem os mercados de petróleo, armas e moedas, por exemplo, com os mercados de chuchu, queijos e vinhos.
Em tudo isto, o importante é que a utopia liberal também pode ter consequências nefastas, sobretudo para os países que não estão situados nos primeiros escalões da hierarquia de poder do sistema mundial. Se as utopias de esquerda levaram - em muitos casos - ao totalitarismo, a utopia liberal e sua permanente negação do papel poder e da preparação para a guerra, na história do capitalismo e das relações internacionais, leva, com frequência, os intelectuais e dirigentes destes países mais fracos à uma posição de servilismo internacional.


José Luís Fiori é professor titular do Instituto de Economia da UFRJ e autor do livro "O Poder Global e a Nova Geopolítica das Nações" (Editora Boitempo, 2007).

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

VII Ciclo de Palestras em Conforto Ambiental


O Grupo de Estudos em Conforto Ambiental – GECA, é formado por alunos e professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, e alunos do curso de pós-graduação em Dinâmicas do Espaço Habitado, ambos ligados a Universidade Federal de Alagoas – UFAL.

Desde 1992, ano de sua fundação, o grupo tem realizado pesquisas nas diversas áreas relacionadas ao conforto ambiental gerando conhecimento e contribuindo para o desenvolvimento tecnológico no ambiente construído. Os principais temas abordados nas pesquisas realizadas pelo GECA são: clima e arquitetura, conforto ambiental (térmico, lumínico e acústico) e eficiência energética.

Há 7 anos, o GECA realiza anualmente um ciclo de palestras em Conforto Ambiental, contando com um público acadêmico das diversas instituições existentes, e profissional. A sétima edição do evento será realizada este ano, com o tema: “Eficiência Energética na Arquitetura”.

A escolha da temática foi impulsionada pelas crescentes discussões sobre o novo Processo de Etiquetagem para Edificações, lançado pelo INMETRO este ano. O GECA é um dos 13 laboratórios escolhidos no país para desenvolver pesquisas relacionadas ao programa de etiquetagem, tendo assim a oportunidade de contribuir concretamente com as questões a serem levantadas no Ciclo.

O evento contará com a presença de profissionais especializados na área de Eficiência Energética, que abordarão aspectos gerais sobre a Eficiência Energética, Fontes Alternativas de Energia e o Regulamento Técnico de Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos. As palestras não se deterão somente a uma abordagem teórica, mas também contarão com exemplos práticos, visando uma melhor compreensão por parte do público.

Este ano o VII Ciclo de Palestras pretende promover uma integração ainda maior entre a comunidade acadêmica e os profissionais da área, visto que a Eficiência Energética é um tema cada vez mais debatido nas diferentes esferas do conhecimento. A preocupação com a conservação de energia, com o meio-ambiente faz com que arquitetos e demais profissionais da área busquem informações corretas e confiáveis sobre este tema É com este objetivo que o GECA promove o VII Ciclo de Palestras em Conforto Ambiental, não perca!

Data: 09 a 11 de setembro das 19 às 22 horas.

Local: Auditório da Casa da Indústria, Farol.

Inscrições e programação: no GECA, UFAL ou pelo fone: (82) 3214-1268