terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Alagoas se manifesta contra os Taturanas

Pode-se afirmar que a manifestação dos movimentos sociais contra os Taturanas cumpriu o seu papel. Bem antes de acontecer, já obrigava à Mesa Diretora da Assembléia a apresentar algumas medidas buscando amenizar os desgastes da instituição. Em entrevista coletiva convocada para o início da manhã, o deputado Antônio Albuquerque anunciava que vai demitir os servidores irregulares e os ocupantes de cargos comissionados, além de controlar os pagamentos, evitando cheques: tudo nas contas bancárias.
Mas, a longa caminhada e o ato de protesto, não querem que somente se conserte o que está errado naquele poder. É preciso punir quem fez desaparecer os mais de 280 milhões dos cofres da Assembléia. Mais ainda: é necessário pegar esse dinheiro de volta. Que autoridade têm os deputados indiciados pela Polícia Federal para apareceram agora como os idealizadores dessas medidas? Agora sim, estamos a assistir uma sessão de pirotecnia.
A passeata, que começou às 14 horas, sob uma “lua” de derreter até pensamento, conseguiu mobilizar pessoas dos mais diversos segmentos sociais e políticos. Partidos, centrais sindicais, sindicatos, movimentos agrários, OAB, conselhos profissionais, entre outros, dividiam as ruas de Maceió com o cidadão comum. Uma composição só vista em grandes lutas do povo brasileiro, como a campanha pelas Diretas, Anistia e Constituinte. Notou-se que a participação da juventude foi menor do que o esperado, contudo, substituída à altura por uma presença significativa dos movimentos que lutam por terra.
Pode-se concluir que a iniciativa de articular todos esses segmentos para cobrar, principalmente, o afastamento dos deputados envolvidos com a Operação Taturana, é uma experiência que pode e deve ser repetida.

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