sábado, 3 de setembro de 2011

PT aprova resolução cobrando democratização dos meios de comunicação


Essa é a parte do texto - elaborado pela Comissão Executiva Nacional do PT e aprovado no 4º Congresso Nacional Extraordinário, realizado neste final de semana em Brasília - que trata da questão da Comunicação.


Para o PT e para os movimentos sociais, a democratização dos meios
de comunicação é tema relevante e um objetivo comum com os
esforços de elaboração do governo Lula e os resultados da I Conferência
Nacional de Comunicação, que evidenciou os grandes embates entre
agentes políticos, econômicos e sociais de grande peso na sociedade
brasileira. É urgente abrir o debate no Congresso Nacional sobre o marco
regulador da comunicação social – ordenamento jurídico que amplie as
possibilidades de livre expressão de pensamento e assegure o amplo
acesso da população a todos os meios    sobretudo os mais modernos
como a internet. Daí o  nosso repúdio ao projeto de lei 84/99 que se
originou e tramita no Senado Federal, o AI-5 digital, pois pretende reprimir
a livre expressão na blogosfera.

Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer
tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa. Mas o
jornalismo marrom de certos veículos, que às vezes chega a práticas
ilegais, deve ser responsabilizado toda vez que falsear os fatos ou
distorcer as informações para caluniar, injuriar ou difamar. A inexistência
de uma Lei de Imprensa, a não regulamentação dos artigos da
Constituição que tratam da propriedade cruzada de meios, o
desrespeito aos direitos humanos presente na mídia, o domínio midiático
por alguns poucos grupos econômicos tolhem a democracia, silenciam
vozes, marginalizam multidões, enfim criam um clima de imposição de
uma única versão para o Brasil. E a crescente partidarização, a
parcialidade, a afronta aos fatos como sustentação do noticiário
preocupam a todos os que lutam por meios de comunicação que sejam
efetivamente democráticos. Por tudo isso, o PT luta por um marco
regulatório capaz de democratizar a mídia no País.

As reformas institucionais não estarão completas se não forem
acompanhadas da mais profunda democratização da comunicação.
Além de  tudo isso, as mudanças tecnológicas e a convergência de
mídias precisam ser acompanhadas de medidas que ampliem o acesso,
quebrem monopólios e garantam efetiva pluralidade de conteúdos.

Ainda no campo da comunicação, é preciso aprofundar as políticas
públicas para a juventude, num contexto em que a própria noção de
cidadania cultural se redesenha num cenário de convergência
tecnológica, de economia e de serviços. Tais políticas devem voltar-se
para a ampliação da fruição cultural e da qualidade da educação no
Brasil.


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