quinta-feira, 24 de junho de 2010

Tucanos da Globo querem separar Dilma de Lula

Publicado em 29/03/2010  - Qualquer Instante

A imprensa tucana parece que mudou de tática para enfrentar o projeto Lula/Dilma. Perceberam que não adianta atacar o governo Lula para enfraquecer a candidatura de Dilma Roussef: Lula teimosamente permanece crescendo nos seus índices de aceitação popular. O pior para eles, é que o eleitor continua a declarar que vai votar no candidato indicado pelo presidente. Então, qual é a opção que sobra para a militância da Folha, Estadão, Globo e outros coligados? A resposta já pode ser percebida na última pesquisa Datafolha, que coloca Lula como uma quase unanimidade - o seu governo é avaliado como regular, bom e ótimo por 96% dos entrevistados -, mas aponta o crescimento de José Serra em relação à Dilma. Os números divulgados aparecem como um alento para a declinante candidatura de Serra, porque interrompe a tendência das outras pesquisas, que era de diminuição da vantagem do tucano sobre a candidatura que tem o apoio de Lula. No telejornalismo da Globo, durante o domingo (28/03), era incontida a alegria dos seus apresentadores e analistas ao divulgarem os dados da pesquisa Datafolha.


A tática adotada a partir de agora será a de separar Dilma de Lula. Como não conseguiram atingir Lula, vão aceitar a derrota que lhes foi imposta pelas ruas e redirecionar suas baterias para o lado mais fraco da dupla, que é a ministra Dilma Roussef. A imprensa demotucana vai trabalhar a ideia de que Dilma é diferente de Lula. Ela passará a ter ressaltada as características que mais a diferenciam do presidente: não é nordestina, tem formação superior e, principalmente, vem de uma militância mais ideológica e radicalizada na esquerda. O objetivo é reacender na elite conservadora os temores diante das incertezas sobre um possível governo Dilma Roussef. Outro aspecto dessa campanha partidária da grande imprensa é que ela corre contra o tempo, pois se não conseguir resultados até julho, terá que enfrentar a candidata Dilma já com acesso aos programas eleitorais gratuitos no rádio e na televisão. Aí teremos um pouco de “liberdade de imprensa” e poderemos medir se os profissionais da Globo cumpriram bem o seu papel partidário ou se, do outro lado da tela, o eleitor/telespectador está sabendo identificar que a vida real não é um Jornal Nacional nem uma Globo News.

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