sábado, 31 de dezembro de 2011

Receita de ano novo

Carlos Drummond de Andrade



Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
 

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
 

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Fifa terá de apresentar documentos de empresa acusada de pagar propina

Fifa terá de apresentar documentos de empresa acusada de pagar propina
Teixeira é um dos acusados de ter recebido propina
da ISL, que negociava publicidade e direitos
de transmissão para a Fifa na década de 1990
 (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil - arquivo)

Presidente da federação havia prometido divulgar dados em meados de dezembro, mas foi impedido por ação na Justiça suíça. Decisão desta terça dá 30 dias para publicação

São Paulo – A Federação Internacional de Futebol (Fifa) terá de apresentar documentos relativos ao caso da International Sport and Leisure (ISL), empresa de marketing esportivo acusada de pagar propina a dirigentes esportivos de vários países. A decisão foi tomada pela Suprema Corte de Zug, estado suíço. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e o ex-presidente da Fifa João Havelange estão entre os acusados de ter recebido verbas ilegais da companhia.
Responsável pela negociação de publicidade e direitos de transmissão de competições de futebol, a ISL faliu em 2001, mas permanece no centro de escândalos envolvendo a Fifa. Havelange chegou a deixar o cargo de conselheiro do Comitê Olímpico Internacional (COI) no início de dezembro para evitar o avanço de investigações sobre o caso – ao deixar o órgão, a sindicância foi arquivada. O atual presidente da Fifa, Joseph Blatter, mostra-se disposto a divulgar os dados dos contratos e serviços prestados pela empresa, mas ações judiciais movidas na Justiça da Suíça ainda adiavam a medida.
Em outubro, ele admitiu ter errado ao tentar evitar a publicação das informações e prometeu reverter a situação até 17 de dezembro. Duas pessoas não identificadas recorreram à Justiça para barrar a medida. Foi em relação a essa apelação que a decisão desta terça-feira (26) trata. A corte suíça decidiu que há "interesse público" no caso.
As identidades dos autores do pedido para se manter sigilosos os documentos do caso não foram divulgadas pelo Judiciário, mesmo diante da sentença. A Fifa terá de liberar o material em até 30 dias, mas ainda é possível recorrer da decisão.
Segundo a BBC, os envolvidos em propinas haviam feito anteriormente um acordo com a Justiça de Zug, assumindo a culpa e pagando uma multa equivalente a R$ 8,9 milhões, para que os documentos não fossem divulgados, nem sua condenação. Os valores pagos em propina são de US$ 100 milhões (R$ 186 milhões), ainda segundo a rede britânica.
Acusações recorrentes, desde os anos 1990, circundam a federação de futebol. Em maio deste ano, foram reveladas suspeitas de que o Catar, escolhido como sede da Copa do Mundo de 2018, teria comprado votos de federações pelo mundo.
Em outubro, o deputado federal Romário (PSB-RJ) chegou a defender que Ricardo Teixeira deixasse o cargo por causa das acusações caso o nome do presidente da CBF figurasse nos documentos revelados pela Fifa. O jornalista inglês Andrew Jennings, que esteve no Brasil  neste ano, é o principal responsável pela publicação das denúncias envolvendo a ISL.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Será que o seu email e celular estão sendo vigiados?


Empresas alemãs, francesas, britânicas, russas e sulafricanas vendem tecnologia que permite grampear um país inteiro, hackear o sue computador ou controlar o seu celular – sem jamais terem que chegar perto de você 
Por Pratap Chatterjee, do Bureau of Investigative Journalism
A indústria de vigilância do século 21 é de alta tecnologia, sofisticada e terrivelmente persuasiva. É isso que revelam mais de 200 emails de mala direta e outros materiais de marketing publicados hoje pelo WikiLeaks e a Privacy International.
O equipamento à venda se encaixa em quatro categorias: localização geográfica de telefones móveis e veículos; invasão de computadores e telefones para monitoramento de cada tecla apertada; captura e armazenamento do que é dito em toda uma rede de telecomunicações; e análise de quantidades vastas de dados para rastrear usuários individuais.
Eles podem saber onde você está
Uma tecnologia popular de rastreamento em telefonia móvel é o receptor IMSI, que permite ao usuário interceptar telefones.
Estes dispositivos são muito portáteis – podendo ser menores que a palma da mão – e podem ser camuflados como torres portáteis de celular. Eles emitem um sinal que pode infectar milhares de telefones móveis em uma área.
O usuário do receptor IMSI pode então interceptar mensagens SMS, chamadas telefônicas e dados de celulares tais como o código de identidade do aparelho, o que permite por sua vez rastrear todos os movimentos do usuário em tempo real.
Dentre as empresas que oferecem este equipamento estão a Ability de Israel, Rohde & Schawarz da Alemanha e a Harris Corp dos Estados Unidos.
Não são só governos autoritários que espionam
O FBI americano, que utiliza estes dispositivos para rastrear suspeitos, diz que isto pode ser feito sem mandado judicial.
Muitas forças policiais por todo o mundo também compraram ou consideram a compra de receptores IMSI – como a  polícia londrina.
Outras empresas oferecem dispositivos de vigilância “passivos” – ou seja, que podem ser aplicados em que o “alvo” perceba que está sendo espionado – que podem ser instalados em estações telefônicas. Também vendem equipamentos que podem sozinhos sugar todos sinais de telefonia móvel de uma área sem ninguém saber.
Eles podem saber para onde você vai
Há também equipamentos que podem ser colocados em veículos para rastrear o seu destino.
Enquanto empresas de logística e transporte usam há muito tempo estes dispositivos para garantir a chegada das entregas a tempo, a empresa Cobham, de Dorset, no Reino Unido, vende o “Orion Guardian”.
Trata-se de um dispositivo camuflado que pode ser secretamente posto no assoalho do carro.
Hidden Technology, outra empresa britânica, vende equipamentos similares.
Por anos, houve um acordo de cavalheiros sobre como estas tecnologias seriam usadas. Os EUA e o Reino Unido sabem que chineses e russos estão usando receptores IMSI. “Mas nós também”, diz Chris Soghoian, pesquisador do Centro de Pesquisa Aplicada em Cibersegurança, em Washington. “Os governos acham que o benefício de poderem usar essas tecnologias é mais importante que o risco que elas significam para seus cidadãos”.
“Mas hoje, qualquer um – seja um fanático ou uma empresa privada – pode aparecer em Londres e ouvir o que todos dizem”, observa Soghoian. “É hora de mudar para sistemas com segurança reforçada para manter todos seguros”.
Eles podem controlar seu telefone e computador
Muitas companhias oferecem softwares “Troianos” e malware telefônicos que permitem controlar computadores ou telefones.
O programa pode ser instalado a partir de um pen drive, ou enviado remotamente escondendo-se como anexo em emails ou atualizações de softwares.
Uma vez instalado, a agência de espionagem pode acessar os arquivos, gravar tudo que é digitado e até ligar remotamente telefones, microfones e webcams para espionar um “alvo” em tempo real.
A empresa Hacking Team da Itália, a Vupen Security da França, o Gamma Group do Reino Unido e a SS8dos Estados Unidos oferecem tais produtos.
Nas suas propagandas, eles dizem poder hackear IPhones, BlackBerrys, Skype e sistemas operacionais da Microsoft.
A Hacking Team, provavelmente a mais conhecida destas empresas, anuncia que seu “Sistema de Controle Remoto” pode “monitorar cem mil alvos” ao mesmo tempo.
Baseada na Califórnia, a SS8 alega que seu produto, o Intellego, permite que forças de segurança “vejam o que eles vêem, em tempo real” incluindo “rascunhos de emails, arquivos anexados, figuras e vídeos”.
Este tipo de tecnologia usa as vulnerabilidades do sistema.
Enquanto as grandes fabricantes de software alegam consertar falhas assim que são descobertas, pelo menos uma empresa de vigilância – a francesa Vupen – diz ter uma divisão de pesquisadores especializados em “soluções ofensivas”. O trabalho deles é constantemente explorar novas falhas na segurança de softwares populares.
Sistemas de invasão foram recentemente usados em países com governos repressores.
Uma devassa feita em março por ativistas pró-democracia no quartel-general da inteligência do regime Hosni Mubarak no Egito revelou contratos para a compra de um programa chamado FinFisher, vendido pela empresa britânica Gamma Group e pela alemã Elaman.
Uma propagando em mala-direta da Elaman diz que governos podem usar seus produtos para “identificar a localização de um indivíduo, suas associações e membros de um grupo, por exemplo, de oponentes políticos”.
Eles podem grampear toda uma nação
Além de programas de hacking para alvos individuais, algumas empresas oferecem a habilidade de monitorar e censurar os dados de um país inteiro, ou de redes de telecomunicações inteiras.
A vigilância massiva funciona através da captura das informações e atividades de todas as pessoas em um certo maio, sejam suspeitas ou não. Apenas depois o  conteúdo é depurado em busca de informações valiosas.
Por exemplo, as empresas estadunidenses Blue Coat e Cisco System oferecem a empresas e governos a tecnologia para filtrar certos sites de internet. Isso potencialmente pode ser usado para outras razões além de comerciais, como repressão política e cultural.
Essas mesmas tecnologias podem ser usadas para bloquear sites de redes sociais como o Facebook, serviços de multimídia como Flickr e YouTube e serviços de telefonia via internet como o Skype em países repressores como a China ou os Emirados Árabes.
Um subproduto desta tecnologia é a “inspeção profunda de pacotes de dados” que permite escanear a web e o tráfego de emails e vasculhar grandes volumes de dados e,m busca de palavras-chave.
Empresas como a Ipoque, da Alemanha, e a Qosmos, da França, oferecem a habilidade de pesquisar dentro do tráfego de emails e bloquear usuários específicos.
A Datakom, uma empresa alemã, vende um produto chamado Poseidon que oferece a capacidade de “procurar e reconstruir… dados da web, email, mensagens instantâneas, etc”. A empresa também alega que o Poseidon “coleta, grava e analisa chamadas” de conversas de Skype.
A Datakom diz oferecer “monitoramento de um país inteiro”. Ela afirma em seus comunicados de marketing que vendeu dois “grandes sistemas de  monitoramento de IPs” para compradores não revelados do Oriente Médio e norte da África.
Já a sul-africana VASTech vende um produto chamado Zebra, que permite a governos comprimir e guardar bilhões de horas de chamadas telefônicas e petabytes (um bilhão de megabytes) de informações para análises futuras.
Em agosto, o Wall Street Journal revelou que alguns dos dispositivos da VASTech foram instalados nas linhas telefônicos internacionais da Líbia.
Eles podem guardar e analisar milhões de dados
Depois da possibilidade de capturar vastas áreas de tráfego de internet e localizar de pessoas através de seus telefones, veio a necessidade de ferramentas sofisticada de análises para que as agências de inteligência, exércitos e polícia usem os dados em investigações criminais e até durante uma guerra.
Por exemplo, a Speech Techonology Center, baseada na Rússia, diz ser capaz de vasculhar quantidades enormes de informação.
Phonexia, da República Tcheca, diz ter desenvolvido um programa similar de reconhecimento de voz com a ajuda do exército tcheco.
Já a Loquendo, da Itália, usa um sistema de “assinaturas vocais”, identificando “alvos” através da identidade única de cada voz humana para saber quando eles estão ao telefone.
Clique aqui para ler a reportagem original em inglês

Iraque: final sem glória

Dias depois da invasão do Iraque, 70% dos entrevistados nos EUA manifestaram-se a favor, contra apenas 25%. Na amarga retirada, nove anos depois, os números trocaram de lugar
Por Jim Lobe, na Envolverde/IPS
A oficialização, na semana passada, do fim da ocupação de quase nove anos do Iraque, passou praticamente desapercebida nos Estados Unidos. Mereceu apenas uma cerimônia em Bagdá, presidida pelo secretário da Defesa do país invasor, Leon Panetta. Este ato, no dia 15, foi precedido três dias antes pela reunião em Washington do presidente Barack Obama com o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, para discutir a futura relação estratégica entre os dois países. Também a este encontro ninguém prestou atenção.
Esta surpreendente falta de interesse pode ser explicada pela distração causada pela temporada de férias de fim de ano, a campanha eleitoral pela Presidência ou a má saúde das economias dos Estados Unidos e da Europa. Também pode ser que a população esteja bem consciente de que, apesar de os últimos quatro mil soldados que ainda restam no Iraque retornarem nos próximos dez dias, ainda há mais de 90 mil no Afeganistão.
No imaginário coletivo, esta situação não difere da do Iraque, particularmente porque as tropas foram enviadas aos dois países pelo então presidente George W. Bush (2001-2009) como parte de uma mesma “guerra mundial contra o terrorismo”. Ou, talvez, os norte-americanos simplesmente se esqueçam disto como se tivesse sido um pesadelo, o que o ex-titular da Agência de Segurança Nacional, o hoje falecido tenente-general William Odom, chamou em 2005 de “o maior desastre estratégico na história dos Estados Unidos”.
Poucos dias depois da invasão do Iraque, em 20 de março de 2003, cerca de 70% dos entrevistados nos Estados Unidos se manifestaram a favor, contra apenas 25% contrários. Quase nove anos depois, esses números praticamente trocaram de lugar. Em uma consulta feita em novembro pela rede de televisão norte-americana CNN, 68% responderem ser contra a guerra no Iraque, enquanto apenas 29% disseram ser a favor.
Na mesma data, 67% dos entrevistados pela CBS News também responderam que a invasão do Iraque “não valeu a perda de vidas norte-americanas e outros custos” decorrentes. Apenas 24% discordaram. Isto constitui um eloquente testemunho da profunda desilusão que a maioria dos cidadãos sente a respeito de uma guerra cujos custos não foram antecipados pelos que a começaram.
É que, do lado norte-americano, os custos também foram grandes: quase 4.500 soldados mortos e dezenas de milhares de feridos. Entre estes últimos, os afastados por severas lesões cerebrais e estresse pós-traumático, que impactam suas vítimas pelo resto de suas vidas. O preço oficial da guerra, de aproximadamente US$ 1 trilhão, ignora os gastos indiretos, muito superiores. O prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz estimou os custos totais da guerra do Iraque sobre a economia dos Estados Unidos, incluindo cuidados médicos para os veteranos, em mais de US$ 3 trilhões, soma significativa diante da crise que o país enfrenta desde o final de 2008.
Como se não bastasse, os Estados Unidos sofreram uma incomensurável perda de credibilidade no plano internacional. É que ficaram demonstradas que eram infundadas as justificativas para ir à guerra, como os supostos vínculos de Saddam Hussein (1979-2003) com a rede extremista Al Qaeda, a existência de armas de destruição em massa e o desenvolvimento de armas nucleares. Nada disso era verdade. Além disso, a máquina bélica mais sofisticada e poderosa da história não conseguiu eliminar uma variedade de insurgências, incluído o surgimento nesse país de células da Al Qaeda.
Naturalmente, as perdas materiais dos Estados Unidos empalidecem se comparadas com as do Iraque, em vidas humanas e questões materiais. Calcula-se que morreram por causa da guerra mais de cem mil habitantes desse país e outros tantos, incluídas centenas de milhares de crianças, ficaram feridos ou traumatizados por suas experiências.
Os custos sociais tampouco podem ser ignorados. A Organização das Nações Unidas (ONU) estimou a quantidade de pessoas que fugiram de suas casas desde a invasão em cinco milhões, que se dividem em partes praticamente iguais entre refugiados dentro do Iraque e refugiados que conseguiram cruzar a fronteira. E entre estes últimos figura boa parte da comunidade cristã.
Além disso, os vestígios da violência sectária entre as milícias e as forças governamentais lideradas pelos xiitas e por seus rivais sunitas, bem com as tensões não resolvidas entre a população curda do norte e os árabes sobre reclamações territoriais em Kirkuk e arredores reconfiguraram a demografia e a política do país. Também estão amplamente sem solução e, portanto, são potenciais fontes de futuros conflitos, inclusive de uma guerra civil.
No que parecem coincidir as poucas avaliações da situação no Iraque durante este período de despedida é que as tensões sectárias estão novamente aumentando, especialmente após as blitze de líderes sunitas associados com o movimento de “despertar” apoiado pelos Estados Unidos. A evidente fragilidade da paz, tanto na frente xiita-sunita quanto na curdo-árabe, e a possibilidade de uma renovada guerra civil – ou de uma potencializada influência iraniana – estão no centro das críticas à decisão de Obama de retirar todas as suas forças de combate até o final deste ano.
O ceticismo sobre a futura estabilidade do Iraque é muito grande, segundo pesquisa divulgada na semana passada pela rede de televisão NBC News e pelo jornal The Wall Street Journal. A maioria dos consultados disse que, após a retirada dos norte-americanos, uma guerra civil generalizada seria ou “muito provável” (21%) ou “provável até certo ponto” (39%).Uma maioria semelhante qualificou as possibilidades de o Iraque conseguir uma “democracia estável” como “de certo modo improvável” (32%) e “muito improvável” (28%).
Entretanto, os mesmos pesquisadores concluíram no mês passado que 71% dos entrevistados acreditavam que a decisão de Obama retirar todos seus efetivos de combate agora é a decisão correta. Apenas 24% se mostraram contra. Parece que os norte-americanos ficaram fartos da guerra… Mas só no Iraque.