quarta-feira, 6 de julho de 2011

Explicações furadas do TRE de Alagoas


O TRE de Alagoas justificou os tumultos ocorridos durante o recadastramento biométrico dos eleitores como sendo culpa do governo estadual e da prefeitura, que não disponibilizaram prédios e servidores. Reconhece que seriam necessárias 85 máquinas para o recadastramento, que ainda não chegaram por causa da burocracia das licitações.

A pergunta que não quer calar. Como o TRE, sabendo que ainda não disporia de máquinas, pessoal suficiente e prédios, iniciou o recadastramento, com ampla divulgação. A resposta óbvia é que agiram com irresponsabilidade.

O TRE ainda esfrega na cara dos governos estaduais e municipais as suas insensibilidades, pois só forneceram a estrutura após os tumultos. Mas, então, porque o TRE também não divulgou antes dos tumultos que havia insensibilidade por parte de Teo Vilela e Cícero Almeida.

Não serve para nada esse jogo de empurra. Ficou evidente no episódio que a Justiça Eleitoral meteu a mão pelos pés e protagonizou uma trapalhada histórica. O pior é que isso ocorre exatamente num processo de melhoria do sistema eleitoral.

O controle biométrico de acesso ao voto é importante para impedir as últimas possibilidades de fraude desde a adoção das urnas eletrônicas. Sem o controle biométrico ainda há a possibilidade de um eleitor votar no lugar de um faltoso ou falecido.

A esperança é que a situação seja normalizada e que os eleitores voltem a se interessar pelo recadastramento. Torço para que os insatisfeitos e desrespeitados pelos tumultos iniciais, voltem a acreditar na importância de termos um processo eleitoral cada vez mais limpo.

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