sexta-feira, 23 de maio de 2008

Almeida e Collor: o vice é a segurança do acordo

É árido esse terreno dá política. Ninguém confia em ninguém. O xadrez eleitoral vai sendo montado com a divisão de espaços e poderes, promessas para o futuro e muitos olhares enviesados. A palavra ou o fio do bigode de há muito não valem nada. As articulações para a disputa da prefeitura de Maceió, este ano, e as suas amarrações com as eleições de 2010 vão comprovando essas assertivas.

Cícero Almeida, que já se considera eleito, estica o olhar para uma possível candidatura ao governo em 2010. No entanto, sabe que agora terá que ter um vice que, chegado o momento da definição, lhe permita o afastamento da prefeitura de Maceió sem perder, na retaguarda, o apoio da máquina municipal. O PTB de Collor e João Lyra sabe disso e também quer disputar o governo de Alagoas. Os “trabalhistas” alagoanos tentam convencer Almeida que é melhor garantir uma vaga de senador ou de deputado federal, deixando o governo para o ex-presidente Collor. Então, como vai se dar o acordo? O PTB não confia no prefeito de Maceió e quer indicar o vice para impedir futuros movimentos “imprevistos” do alcaide. Do outro lado Almeida diz que honra o acordo, mas precisa de um vice que amplie a sua base, ou seja: quer continuar livre e solto para voar mais alto. Cícero oscila entre a confiança que tem no seu eleitorado e o temor do poder das Gazetas de Collor, que teria que enfrentar sem o apoio material de JL. Essas dúvidas têm data para acabar: final de junho – período das convenções partidárias.

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