O traficante fuzilado, Marco Archer, conta que os 15 kg de cocaína que
ele conduzia quando foi preso tinham sido comprados no Peru por 8 mil dólares e
iria lhe permitir faturar 3,5 milhões dólares em Bali.
Essa imensa “margem de lucro” pode explicar as dificuldades no combate ao
tráfico e a razão da participação de gente graúda no negócio.
Todo mundo lembra do episódio da apreensão do helicóptero da Limeira
Agropecuária, empresa do deputado estadual por Minas Gerais Gustavo Perrella
(Solidariedade), filho do senador e ex-presidente do Cruzeiro Zezé Perrella
(PDT-MG).
Esta operação de tráfico trazia para o Brasil 450 kg de cocaína.
Pelos valores de compra e venda relatados por Marco Archer, podemos dizer
que os 450 kg foram comprados por 2,4 milhões de dólares e seriam vendidos por
1,05 bilhão de dólares. Um lucro de 998,1 milhões de dólares.
Nem banqueiro ganha tanto. É um dos negócios mais rentáveis do mundo.
Agora fica fácil saber que comanda o tráfico no Brasil. É só investigar
quem tem 2,4 milhões de dólares e um avião ou helicóptero para comprar drogas
no exterior.
Por falar nisso, como anda o inquérito do helicóptero? A última notícia é
de abril de 2014, antes das eleições, quando a Justiça Federal libertou todos
os envolvidos que estavam detidos.
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