Collor e Renan ainda não se entenderam para a sucessão em Alagoas |
O jogo
político nos anos em que ocorrem eleições, normalmente só esquenta após o
carnaval. Em Alagoas, ao que tudo indica, as articulações começaram a ferver
muito antes do frevo começar.
As evoluções
de Renan Calheiros e Fernando Collor ocupam a avenida com destaque. Os dois
ainda batem bombos em ritmos diferentes. Discutem, por mensagens cifradas, se
vão ou não compor na mesma orquestra.
Renan
insinua que está conversando com Teo Vilela, e Collor, que pretende manter a
cadeira no Senado, responde dizendo que pode ser candidato ao governo.
Renan ameaça
lançar Luciano Barbosa ao Senado. Collor reage apresentando Cícero Almeida como
potencial candidato a ocupar o Palácio República dos Palmares.
Neste
domingo (2), a Gazeta de Alagoas, de Collor, publica com destaque duas
entrevistas de pré-candidatos ao governo que podem ter o apoio de Teo Vilela.
Biu de Lira
(PP) e Alexandre Toledo (PSB) ocupam as páginas nobres do 1º caderno e contam,
ainda, com a luxuosa companhia das boas análises políticas de José Costa, do
PPS.
As
entrevistas podem fazer parte simplesmente de uma pauta que se propõe a
apresentar os pré-candidatos ao governo de Alagoas.
Pode, mas,
pelos antecedentes, também permite outras interpretações. Será um aceno
amigável para o governador Teo Vilela ou mais um recado para Renan Calheiros?
Como os
campos políticos em Alagoas não apresentam barreiras ideológicas muito definidas,
existem várias possibilidades de composição entre os pré-candidatos.
Essa
situação permite que os diversos segmentos da oposição conversem, sem maiores
problemas, com a situação, e vice-versa. Essa prática termina por criar uma
permanente insegurança entre os “aliados”.
Enquanto os
estandartes são cruzados sutilmente em via pública, fica a dúvida sobre a
capacidade de aglutinação da oposição e sobre qual é mesmo o seu objetivo
político, se é que existe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário