Faltando pouco mais de um mês para o fim da campanha
eleitoral de 2014, posso afirmar sem medo de errar que essa é a primeira
campanha selfie da nossa história.
Com a crescente importância das redes sociais na divulgação
das atividades dos candidatos, os costumes deste ambiente digital terminaram
por contaminar as campanhas.
Basta o candidato chegar à porta da casa de um eleitor - durante uma caminhada, por exemplo -, que já tem alguém esperando de celular
levantado para tirar uma foto.
Alguns candidatos também utilizam o selfie para divulgar sua
foto ao lado de personalidades que o apoiam ou para demonstrar a multidão que o
acompanha.
A primeira grande modificação nas campanhas, com a adoção do
selfie, é o tempo gasto nas caminhadas. Às vezes, são três ou quatro poses numa
única casa. Isso faz com que o número de residências visitadas num período seja
bem menor.
A outra alteração é
na quantidade de pessoas que passam a divulgar a imagem do candidato. Quem
conseguiu a foto, imediatamente faz a postagem. É o poder multiplicador das
redes sociais.
Em Alagoas, Renan Filho (PMDB), candidato ao governo, é quem
tem utilizado com mais desenvoltura essa ferramenta. Como usuário das redes
sociais, Renan Filho se sente à vontade para disparar seus posts.
Nas principais redes
sociais, o Facebook e o Instagram, a vantagem da candidatura de Renan Filho
sobre os outros candidatos é absoluta. Tem ganhado bons dividendos eleitorais
com a divulgação de sua imagem.
Essa é, sem dúvida, a eleição do selfie. Quem não percebeu,
perdeu o trem (ou o VLT).
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