Edberto
Ticianeli
A
decisão do TSE, que reduziu as vagas dos deputados alagoanos na Câmara Federal
e na Assembleia Legislativa, está forçando os partidos e os pré-candidatos a
gastarem as baterias de suas máquinas de calcular.
Não
é fácil prever os votos necessários que cada partido ou coligação terá que
alcançar em outubro de 2014. A dificuldade está na impossibilidade se montar
uma série histórica após o recadastramento biométrico de 2012, e nas indefinições
políticas provocadas pela nova realidade eleitoral, com vagas a menos e
candidatos a mais.
Mesmo
com estes problemas, é possível prever que o eleitorado apto a votar, em 2014,
deverá ficar em torno de 1.950.000. Em outubro de 2012, nas eleições para
prefeito e vereador, esses eleitores já somavam 1.863.029. Mantida as
proporções de 2012 entre eleitores aptos e votos válidos, podemos arriscar que,
para deputado federal e estadual, teremos algo em torno dos 1.650.000 votos computados
para o cálculo do quociente eleitoral.
Com
oito vagas a serem disputadas, os partidos e coligações que quiserem eleger
deputados federais terão que ultrapassar a barreira dos 206 mil votos. Para
deputado estadual, com 24 vagas, o quociente deverá ficar próximo aos 68 mil
votos. Uma situação bem diferente de 2010, quando estes quocientes foram,
respectivamente, 157.261 e 51.959 votos.
Mas,
os problemas não param por aí. Vai ser preciso conseguir mais votos, com menos
candidatos. A legislação define que o partido tem direito a lançar sua chapa
com uma quantidade de candidatos com, no máximo, uma vez e meia o número de
vagas. Nas coligações, esse número é ampliado para o dobro das vagas. Ou seja:
para deputado federal, por exemplo, a coligação terá que apostar em 16
candidatos para conseguir vencer a barreira dos 206.000 votos, uma média de
12.880 votos por candidato.
Além
dos reflexos da redução das vagas, os partidos também esperam os desdobramentos
da reforma eleitoral que está sendo votada na Câmara Federal, que pode, por exemplo,
estabelecer o fim das coligações. Entretanto, mesmo com as dificuldades e indefinições, está todo mundo correndo para atrair
candidatos com substância eleitoral.
Abaixo,
uma tabela com os números das últimas eleições proporcionais em Alagoas.
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