domingo, 3 de fevereiro de 2013

“Rola-bosta” da Veja ataca os tucanos


 
Altamiro Borges expõe os verdadeiros interesses da revista Veja, e de um dos seus principais articulista, Reinaldo Azevedo, diante da postura tucana na eleição da Mesa do Senado.


Por Altamiro Borges

Reinaldo Azevedo, recentemente batizado pelo teólogo Leonardo Boff de “rola-bosta”, ficou indignado com o resultado da eleição para a presidência do Senado. Não por razões éticas – já ele mantém intimas ligações com corruptos, como o ex-senador Demóstenes Torres, o “mosqueteiro da ética” da Veja –, mas sim por motivos políticos. Ele fez campanha contra Renan Calheiros por ele ser da base aliada do governo Dilma e não gostou das traições na votação dos seus amigos do PSDB. Tanto que rosnou contra os tucanos.

No artigo intitulado “tucanos pra quê?”, postado neste sábado, 2, Reinaldo Azevedo rosnou: “Não tem jeito, não! As coisas não acontecem por acaso. A oposição não chega ao estado miserável a que chegou ao Congresso por acidente. É preciso muito esforço para isso. É preciso haver muita dedicação. E nisso, convenham, os tucanos são de uma aplicação comovente”. Sua indignação é porque parte da bancada, “dos bons de bico, traiu o compromisso, deixou Pedro Taques (PDT-MT) na mão” e votou no senador do PMDB.

Revoltado, ele agora se indaga sobre o futuro da oposição demotucana e pede a cabeça dos traidores. “Os 11 tucanos poderiam vir a público para declarar o seu voto. Não se trata de patrulha, não, mas de vergonha na cara. Já que se anunciou à sociedade o apoio ao adversário de Renan, cumprira agora deixar claro quem fez o quê. Notem: ninguém é obrigado a abrir o voto. Mas todos podem se dispensar de mentir. Se havia senadores contrários ao apoio a Taques, que dissessem, ora”.

Aliado canino de José Serra, o rola-bosta da Veja também fustigou o rival mineiro. “Aécio Neves havia acenado com a possibilidade de fazer um discurso em defesa da candidatura de Taques. Discurso não houve. O senador se limitou, há alguns dias, a fazer uma espécie de convite-apelo a Renan para que retirasse a sua candidatura... O apoio ao opositor de Renan, no fim das contas, foi uma operação de marketing que acabou saindo pela culatra. Agora, resta  suspeita da farsa, do adesismo e da traição, tudo misturado”.

Para Reinaldo Azevedo, a folgada vitória de Renan Calheiros no Senado revela o colapso da oposição no país. Ele lembra que já postou um artigo no seu blog “afirmando que a greve que realmente faz mal ao Brasil é a greve da oposição, que está paralisada há sete anos, caminhando para oito, desde quando ficou com medo das consequências e recuou diante da possibilidade de pedir o impeachment de Lula, na crise do mensalão. Depois disso, não se encontrou mais... Assim, cabe a pergunta: Tucanos pra quê?”.

O rola-bosta da Veja está enraivecido! Parece que lhe faltará bosta para rolar. E a sua revolta não é por razões éticos – apesar de muitos ingênuos acharem que era isto que estava em jogo nas eleições do Senado. É por motivos eminentemente políticos. Para ele, a eleição da presidência da Casa era o momento certo para fortalecer a oposição, derrotar o governo Dilma e, quem sabe, criar as condições para possíveis ações contra a presidenta. Reinaldo, o rola-bosta, não esquece nunca da oportunidade perdida do impeachment de Lula!

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