Edberto
Ticianeli
Essa
história de briga entre torcidas organizadas em Alagoas já está passando dos
limites. No jogo de ontem (06) entre CRB e Santa Cruz, o confronto das “galeras”
deixou três feridos e 20 detidos. Cenas deprimentes circulam nos sites de
notícias e nas redes sociais, amedrontando quem gosta de futebol e gostaria de
frequentar um estádio.
O comandante
do Policiamento da Capital, coronel Gilmar Batinga, cobra uma legislação mais
rígida para esse tipo de marginal, e cita o exemplo do Ceará, onde eles são
proibidos de entrar nos estádios e nos dias de jogo do seu clube são obrigados
a prestar serviços comunitários. Como o momento é de revolta com o acontecido
ontem, vou me permitir apontar outra solução.
Acredito que
todo mundo já ouviu falar da MMA, uma espécie de luta vale-tudo. Tem gente que
paga para assistir os derramamentos de sangue proporcionados por seus lutadores.
A proposta que faço é a de unir os dois espetáculos: atletas jogam futebol e brigões
se enfrentam, mas na mesma arena. Seriam realizados combates muito parecidos com os promovidos pelos gladiadores romanos.
Detalhando:
duas horas antes do início da partida de futebol, as “galeras” entram em campo —
todos uniformizados para que a torcida identifique seus combatentes. Haveria
somente um juiz com a tarefa de apitar o início e o fim do combate. Após dois
tempos de 45 minutos, com intervalo de 15 minutos, as ambulâncias entrariam em
campo para retirar o que sobrou dos valentões.
Pensando
bem, acho que isso também não vai funcionar. Explico: após um mês de adotadas
essas medidas, apareceriam alguns brigões para organizar as torcidas para o
nosso MMAbol. Com dois meses, estas torcidas já estariam se confrontando nas arquibancadas.
Acho que essa proposta não vai resolver o problema, mas, ao menos, serviu de
desabafo para alguém que gosta do futebol e fica revoltado com a violência nos
estádios.
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