quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

MMAbol é a solução para os torcedores violentos


Edberto Ticianeli

Essa história de briga entre torcidas organizadas em Alagoas já está passando dos limites. No jogo de ontem (06) entre CRB e Santa Cruz, o confronto das “galeras” deixou três feridos e 20 detidos. Cenas deprimentes circulam nos sites de notícias e nas redes sociais, amedrontando quem gosta de futebol e gostaria de frequentar um estádio.

O comandante do Policiamento da Capital, coronel Gilmar Batinga, cobra uma legislação mais rígida para esse tipo de marginal, e cita o exemplo do Ceará, onde eles são proibidos de entrar nos estádios e nos dias de jogo do seu clube são obrigados a prestar serviços comunitários. Como o momento é de revolta com o acontecido ontem, vou me permitir apontar outra solução.

Acredito que todo mundo já ouviu falar da MMA, uma espécie de luta vale-tudo. Tem gente que paga para assistir os derramamentos de sangue proporcionados por seus lutadores. A proposta que faço é a de unir os dois espetáculos: atletas jogam futebol e brigões se enfrentam, mas na mesma arena. Seriam realizados combates muito parecidos com os promovidos pelos gladiadores romanos.

Detalhando: duas horas antes do início da partida de futebol, as “galeras” entram em campo — todos uniformizados para que a torcida identifique seus combatentes. Haveria somente um juiz com a tarefa de apitar o início e o fim do combate. Após dois tempos de 45 minutos, com intervalo de 15 minutos, as ambulâncias entrariam em campo para retirar o que sobrou dos valentões.

Pensando bem, acho que isso também não vai funcionar. Explico: após um mês de adotadas essas medidas, apareceriam alguns brigões para organizar as torcidas para o nosso MMAbol. Com dois meses, estas torcidas já estariam se confrontando nas arquibancadas. Acho que essa proposta não vai resolver o problema, mas, ao menos, serviu de desabafo para alguém que gosta do futebol e fica revoltado com a violência nos estádios. 

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