Edberto Ticianeli
Aos poucos o vaidoso presidente do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, vai revelando suas verdadeiras intenções ao
criar o circo em torno do julgamento da AP 470 (Mensalão).
Ao dizer a jornalistas que não tinha
pretensões de se candidatar em 2014, JB deixou vazar quais são seus reais
intuitos: "Eu não tenho no momento nenhuma intenção de me lançar candidato
à Presidência da República. Pode ser que no futuro surja o interesse".
No futuro? Será que dá para acreditar que ele
até agora foi um magistrado, mas, no futuro, será um político? Depois do
pronunciamento, não tem mais como separar as suas atitudes como ministro
presidente de uma corte de justiça do pré-candidato à Presidência da República.
De agora em diante, se o seu voto prejudicar
politicamente um determinado partido, isso será interpretado como uma ação de
enfraquecimento de um futuro adversário eleitoral. Ou será que isso já vinha
acontecendo?
Resumindo: o pré-candidato Joaquim Barbosa
coloca sob suspeita todas as suas atitudes anteriores e futuras.
Barbosa ficou tão entusiasmado com o sucesso
da sua atuação no palco midiático que esqueceu os limites e a necessária
ponderação que deve ter quem preside um dos três poderes da República.
Passou da conta e vai pagar por isso.
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