domingo, 17 de junho de 2012
Teo Vilela: falta de unidade se transforma em estratégia
Edberto Ticianeli
O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), tentou vender nos últimos dias a ideia de que as candidaturas de Rui Palmeira (PSDB), Jeferson Morais (DEM) e Givaldo Carimbão (PSB) à prefeitura de Maceió obedecem a uma estratégia para garantir o segundo turno nas eleições da capital.
Tudo ia bem até que o pré-candidato à prefeitura, Jeferson Morais (DEM), resolveu expor que não cumpria papel no esquema do governador.
Aliás, o desgaste de Teo Vilela — principalmente com falta de solução para o problema da violência em Alagoas — enfraquece cada vez mais o seu papel de condutor político do bloco governista.
Reações como as do deputado Jeferson Morais vão mostrando que a pulverização de candidaturas vinculadas ao governo do estado reflete mesmo é a falta de unidade no projeto para a sucessão do próprio Teo Vilela em 2014.
No meio do caminho tinha o Nonô
José Thomaz Nonô (DEM) é o vice, e assumirá o governo no início de 2014, quando Teo Vilela se afastar para concorrer ao Senado. Seu projeto é ficar por lá, reeleito.
Teo Vilela teme que Nonô não consiga vencer a forte candidatura de Renan Calheiros (PMDB), arrastando-o para uma derrota conjunta.
Seu melhores olhares são para Rui Palmeira, que está mais articulado com as forças de sustentação do projeto tucano em Alagoas, e pode ser a solução de 2014, se conseguir ser eleito para a prefeitura de Maceió.
Jeferson Morais é a aposta de Nonô, que também quer conquistar a prefeitura para fortalecer a sua candidatura ao governo.
A candidatura de Carimbão é uma incógnita. Ela existe para colocar o deputado federal do PSB nas negociações, e para servir de palanque ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que quer ser mais conhecido no país, como estratégia para a sucessão presidencial de 2014. Ninguém sabe o que vai prevalecer.
Como se percebe, a divisão de forças entre PSDB, DEM E PSB não atende a estratégia nenhuma.
Primeiro turno
Do outro lado, o Chapão, que até agora une Cícero Almeida, Renan Calheiros, Fernando Collor e vários outros partidos no apoio a Ronaldo Lessa (PDT), conseguiu unidade para ter mais da metade do tempo de TV e os investimentos concentrados. Com isso poderemos ter uma eleição decidida já no primeiro turno.
Para que isso aconteça, basta que haja a polarização entre Ronaldo Lessa e um dos candidatos do governo estadual. A tal “estratégia” — com várias candidaturas — pode terminar por pulverizar tempo de TV e recursos tucanos.
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