sábado, 23 de maio de 2009

PT amplia liderança partidária e Dilma já ultrapassa 20% de intenção de voto


Pesquisa do instituto Vox Populi realizada entre os dias 2 e 7 de maio mostra que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já tem entre 19% e 25% de intenção de votos para a Presidência da República, caso seja candidata em 2010.

O levantamento, que ouviu duas mil pessoas em todas as regiões do país, mostra ainda que o PT continua sendo o partido de maior preferência da população. O índice, que era de 25% em maio de 2008, saltou para 29% agora. Em seguida, vêm PMDB, com 8%; e PSDB, com 7%. O DEM, ex-PFL, tem apenas 1%.

Os números mostram que 59% dos entrevistados têm muita ou alguma simpatia pelo PT. Para 70%, o PT ajuda o Brasil a crescer.

Encomendada pelo PT, a pesquisa mostra também um quadro de ampla aprovação popular ao governo Lula. A avaliação positiva do presidente (considerando os índices de ótimo, bom e regular positivo) chega a 87%. Para 60%, o Brasil melhorou nos últimos dois anos, enquanto 67% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com o país.

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, comemorou os resultados do levantamento.

“A pesquisa mostra um quadro muito positivo, pois o PT ampliou seu percentual de preferência partidária junto à população, com atributos positivos em vários aspectos. Nosso governo está com mais de 80% de aprovação. Isso mostra o acerto da condução partidária e das medidas de enfrentamento à crise mundial”, afirmou.

Berzoini também destacou a subida de Dilma na sondagem eleitoral. "O desempenho da Ministra Dilma é consistente, levando-se em conta que boa parte da população não a conhece e não sabe ainda que Lula e o PT a apóiam. Vamos apresentar um Programa com mais avanços e novas conquistas para as eleições de 2010, para trabalhar a ampla aprovação da maioria da população ao projeto em andamento no país"
Veja abaixo os principais números da pesquisa, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais:

BRASIL
67% estão satisfeitos ou muito satisfeitos, igual a maio de 2008
27% estão insatisfeitos; 5% muito insatisfeitos
Para 60%, Brasil melhorou nos últimos anos
Para 14%, piorou
Para 56%, vai melhorar nos próximos 2 anos
Para 13%, vai piorar

PARTIDOS

Preferência
PT tem 29% da preferência partidária; alta de 4 pontos em relação a 2008 e de 10 pontos sobre 2004.
PMDB tem 8%; PSDB tem 7%; e DEM tem 1%
Eleitores sem preferência: 49%, queda de 15 pontos em relação a 2004 (64%)

Rejeição
PT tem 8% de rejeição, estável em relação a 2008
PMDB tem 5%; PSDB tem 5%; e DEM tem 3%
67% não rejeitam nenhum partido, queda de 2 pontos em relação a 2008 (69%)

Imagem
Primeiro partido que vem à cabeça: PT, 35%; PMDB, 24%; PSDB, 14%.

AVALIAÇÃO DO PT

59% têm muita ou alguma simpatia pelo PT, aumento de 12 pontos sobre 2008
81% acham o PT forte ou muito forte, aumento de 5 pontos em relação a 2008
65% consideram positiva a atuação do PT na política, aumento de 5 pontos sobre 2008
Para 70%, o PT ajuda o Brasil a crescer, aumento de 5 pontos sobre 2008

Opiniões sobre o PT
É dinâmico e trabalhador: 75%, contra 69% em 2008
É moderno, com idéias novas: 75%, contra 69% em 2008
Deve ter candidato próprio à Presidência: 68%, contra 67% em 2008

GOVERNO LULA

Desempenho do presidente
Avaliação positiva: 87% (ótimo, bom e regular positivo), contra 84% em 2008
Avaliação negativa: 13% (ruim, péssimo e regular negativo), contra 15% em 2008

Melhores ações do governo
Programas sociais, 36%; política econômica, 19%; Educação, 8%; Habitação, 7%

ELEIÇÕES

Partido do próximo presidente
Para 34%, próximo presidente deve ser do PT

Projeto de país
Para 73%, próximo presidente deve continuar com todas ou com a maioria das atuais políticas, contra 68% em 2008.

Candidato apoiado por Lula
23% votam com certeza no candidato apoiado por Lula
41% pode votar, dependendo do candidato
10% não votam
22% não levam isso em consideração

INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE, 1º turno, estimulada

Cenário 1
Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Ciro, 23%; Dilma, 21%; Aécio, 18%; Heloísa, 10%; Branco/Nulo/NS, 18%

Cenário 2
Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Serra, 36%; Dilma, 19%; Ciro, 17%; Heloísa, 8%; Branco/Nulo/NS, 19%

Comparativo: Em relação a maio de 2008, Dilma subiu 10 pontos; Serra caiu 10 pontos; e Ciro caiu 6 pontos.

Cenário 3
Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Dilma, 25%; Aécio, 20%; Heloísa, 16%; Brancos/Nulos/NS, 40%

Cenário 4
Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)
Serra, 43%; Dilma, 22%; Heloísa, 11%; Branco/Nulo/NS, 24%

Cenário 5
Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB)
Serra, 48%; Dilma, 25%; Branco/Nulo/NS, 37%

Rejeição
Heloísa, 17%; Aécio, 13%; Serra, 12%; Dilma, 11%; Ciro, 9%.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Alianças Políticas


Muito oportuna e correta a posição do deputado Judson Cabral ante a polêmica aliança entre o PT de Alagoas e o prefeito Cícero Almeida. Reproduzo artigo publicado na Tribuna Independente desta terça-feira, 12 de maio.


Alianças Políticas

Todas as vezes que ouço eleitores dizerem que mantêm seu voto em mim, mesmo não votando no meu partido, quero entender suas razões. A maioria, além de algumas observações sobre idéias que defendo e minha postura pessoal dentro da política, destaca a coerência partidária. Difícil entender?
Milito desde 1985 no Partido dos Trabalhadores, único partido a que me filiei até hoje. Toda a minha militância e atuação parlamentar sempre tiveram como base a crença na construção de uma sociedade melhor. Vejo os mandatos parlamentares como um instrumento dessa luta, mas eles só conseguem assumir esse caráter coletivo se estiverem vinculados a um projeto político. E esse papel cabe ao partido.
Já ouvi milhares de argumentações afirmando que isso não funciona no Brasil, é coisa da Europa e dos Estados Unidos. Eu reconheço nossa frágil tradição partidária. Mas é pouco para que eu passe a privilegiar o personalismo. Defendo a associação entre os melhores quadros e os melhores programas e práticas partidárias.
Construímos um partido com essas características. O PT cresceu de cidade em cidade, a partir de seu modo de governar. Cresceu na força de seus representantes e, sobretudo, na força da sua militância e da base social que ele representa.
É mais fácil para quem está na vida política, diante de crises e incoerências partidárias, passar a fazer coro aos que priorizam a personalidade em detrimento do coletivo. Não ajo assim.
No entanto, não é possível para quem mantém uma vida de dedicação aos princípios de seu partido se render a decisões pragmáticas que negligenciam o debate em torno de idéias e programas. A esse debate eu não posso fugir. Estou enfrentando de peito aberto, sem agredir pessoalmente ninguém, mas ciente de que minha atitude é uma atitude de respeito ao partido que eu continuo a construir.
Muitas outras alianças já foram feitas pelo PT em Alagoas e no Brasil, em sua maioria tendo como base uma agenda mínima de projetos. Agora, se faz o contrário. Essa incoerência eu combato com atitude. Aquela que me faz entender os eleitores que optam por mim porque defendo minhas idéias partidárias com transparência e de cabeça erguida – mesmo que não votem no meu partido.
Penso que devemos estar prontos para nos sentarmos com qualquer político alagoano para discutir Alagoas. Penso e defendo que, para 2010, há, sim, uma prioridade: manter o projeto nacional que construímos e está dando certo. Só que a construção de qualquer palanque nacional em Alagoas não pode desconsiderar as especificidades locais. O que pensamos e queremos para Alagoas? E o que pensam e querem alguns adversários históricos do PT?
E o debate em torno dessa construção não pode ser apressado, sem respeitar os calendários e os planos de ação construídos pelo próprio partido, seus militantes e dirigentes. Tudo tem seu tempo. E, nesse caso, a pressa não constrói.
Não preciso sair do PT para fazer esse debate – e para discordar. Faço com autoridade, dentro das instâncias partidárias, ao lado de militantes que pensam como eu, de simpatizantes do PT, defensores do nosso governo e incansáveis batalhadores, e, também, ouvindo todos os segmentos do meu eleitorado.
Lula citou em 2002, para defender a aliança que o levou à presidência, uma frase de Apolônio de Carvalho que agora eu repito: “as alianças são legítimas, desde que tenham como base um programa definido de governo”. É nessa linha que estarei sempre pronto para assumir os desafios do PT, como militante e dirigente.

JUDSON CABRAL
Deputado Estadual - PT