quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Nobel de Obama e os 30 mil soldados



Sei que ainda é muito cedo para submeter o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a julgamentos. Os mestres da história nos ensinam que é preciso haver o devido distanciamento histórico para poder  enxergar o essencial. Isso é correto: ao estudarmos, por exemplo, a trajetória política de Getúlio Vargas, podemos encontrar, em um mesmo projeto político, ações de aspectos econômicos e sociais modernizantes convivendo com a brutal repressão policial às liberdades políticas.




No caso de Obama, um fato precipitou o seu julgamento: a sua escolha para receber o Prêmio Nobel da Paz. Desconfio que a honraria também deva ter aguçado o olhar crítico sobre o próprio prêmio Nobel. Pelo menos provocou a indignação de Fidel Castro, que rapidamente expôs a contraditória e “cínica” situação de Obama, que pendura no pescoço a medalha da paz enquanto envia 30 mil soldados para o Afeganistão.



A discussão subjacente é se Obama tem realmente poder político para se contrapor aos interesses imperiais do capitalismo do seu país, principalmente à bem armada indústria bélica. Por enquanto pode-se perceber que o discurso do presidente dos Estados Unidos e o Prêmio Nobel da Paz têm em comum o valor de peças publicitárias que reforçam a imagem de pacifista de Obama. Mas como o que conta mesmo é a política real, e como essa ainda está sendo avaliada por milhares de soldados enviados, vamos continuar acompanhando a situação com olhar de “peixeiro”: um olho no peixe e outro no gato.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Profissão de Risco

Um profissional trabalhava, na tarde de hoje (01/12), na antena da TV Gazeta. Consegui o flagrante a partir da janela do meu apartamento.