Edberto Ticianeli
Não
tem jeito. Chega o Natal e a nostalgia toma conta da gente. Como eu sou do
tempo em que toda geladeira era branca e todo telefone era preto, também tenho
uma vontade danada de contar vantagens sobre os Natais de antigamente, mesmo
tendo consciência que essa não é a melhor forma de mostrar aos mais jovens que
bom é mesmo é o que cada um de nós vai tirar do seu tempo.
Quer
um exemplo? Os antigamente tão esperados cartões natalinos já não são os
mesmos. Agora foram substituídos por mensagens eletrônicas via celular ou
internet. Alguns saudosistas vão afirmar que o encanto de receber um cartão
jamais será substituído. Respeitadas as convicções, não dá para esconder que as
mensagens que me chegam no computador são verdadeiras obras de arte, para não
citar as gozações bem humoradas com os personagens deste período,
principalmente com o Papai Noel.
Outro
hábito que se expande na época dos shoppings é o de presentear. É claro que
essa tendência crescente se deve em muito ao desenvolvimento de outra técnica:
o marketing. Obviamente que depende, também, da situação econômica.
São
novos tempos que se afirmam sem, contudo, alterar os velhos e nobres
sentimentos de fraternidade e de solidariedade humana que continuam a
predominar no Natal.
Para
que não afirme que também não sou saudosista, ilustro o texto com uma
foto, de 1955, de um Natal na Praça do Pirulito, em Maceió. Observem a
publicidade.
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