segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Collor e Renan batem cabeça no bloco da oposição

Collor e Renan ainda não se entenderam
para a sucessão em Alagoas
O jogo político nos anos em que ocorrem eleições, normalmente só esquenta após o carnaval. Em Alagoas, ao que tudo indica, as articulações começaram a ferver muito antes do frevo começar.

As evoluções de Renan Calheiros e Fernando Collor ocupam a avenida com destaque. Os dois ainda batem bombos em ritmos diferentes. Discutem, por mensagens cifradas, se vão ou não compor na mesma orquestra.

Renan insinua que está conversando com Teo Vilela, e Collor, que pretende manter a cadeira no Senado, responde dizendo que pode ser candidato ao governo.

Renan ameaça lançar Luciano Barbosa ao Senado. Collor reage apresentando Cícero Almeida como potencial candidato a ocupar o Palácio República dos Palmares.

Neste domingo (2), a Gazeta de Alagoas, de Collor, publica com destaque duas entrevistas de pré-candidatos ao governo que podem ter o apoio de Teo Vilela.

Biu de Lira (PP) e Alexandre Toledo (PSB) ocupam as páginas nobres do 1º caderno e contam, ainda, com a luxuosa companhia das boas análises políticas de José Costa, do PPS.

As entrevistas podem fazer parte simplesmente de uma pauta que se propõe a apresentar os pré-candidatos ao governo de Alagoas.

Pode, mas, pelos antecedentes, também permite outras interpretações. Será um aceno amigável para o governador Teo Vilela ou mais um recado para Renan Calheiros?

Como os campos políticos em Alagoas não apresentam barreiras ideológicas muito definidas, existem várias possibilidades de composição entre os pré-candidatos.

Essa situação permite que os diversos segmentos da oposição conversem, sem maiores problemas, com a situação, e vice-versa. Essa prática termina por criar uma permanente insegurança entre os “aliados”.

Enquanto os estandartes são cruzados sutilmente em via pública, fica a dúvida sobre a capacidade de aglutinação da oposição e sobre qual é mesmo o seu objetivo político, se é que existe.